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Pesquisadores utilizam sistema óptico para rastrear lixo espacial com precisão

Por| Editado por Luciana Zaramela | 12 de Abril de 2021 às 21h40

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Australian National University
Australian National University

O lixo espacial é um problema que vem crescendo ao longo das últimas décadas. Coloca não apenas nós, aqui da Terra, em risco, mas também ameaça a infraestrutura espacial, como a Estação Espacial Internacional e uma variedade de satélites. Pensando nisso, uma equipe da Australian National University (ANU) adaptou seu sistema de óptica para auxiliar telescópios terrestres no rastreamento com maior precisão desses detritos.

Esta é uma iniciativa em cooperação com pesquisadores da ANU, da Electro Optic Systems (EOS), do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne (RMIT University), além de membros do Japão e EUA, como parte do programa Space Environment Research Center (SERC). O trabalho consiste na óptica adaptativa, atualmente usada para remover dos telescópios a turbulência e nebulosidade causadas pela atmosfera terrestre. Com o auxílio de um laser “estrela guia”, o sistema será capaz de rastrear e até mover com seguranças os lixos espaciais.

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Através da luz infravermelha, invisível para nossos olhos, os feixes de laser serão utilizados para rastrear os destroços na órbita da Terra. Já o laser “estrela guia” emitirá uma luz laranja — esta, sim, visível para nós — para criar uma estrela artificial que será usada para medir com precisão a distorção da luz causada pela atmosfera. A pesquisadora principal, a professora Celine D’Orgeville da ANU, explica que: “sem a óptica adaptativa, um telescópio vê um objeto no espaço como uma gota de luz; isso ocorre porque nossa atmosfera distorce a luz que viaja entre a Terra e esses objetos”.

Basicamente, a óptica adaptativa é capaz de remover a interferência do ar nas imagens, de modo que os objetos sejam visualizados com maior precisão e nitidez. "É por isso que este desenvolvimento é um avanço tão importante quando se trata dos nossos esforços para limpar o céu noturno da desordem cada vez maior de detritos espaciais", acrescentou D’Orgeville.

O atual sistema de laser “estrela guia”, da EOS, e o sistema óptico adaptativo, da ANU, estão localizados no Mount Stromlo Observatory em Canberra, na Austrália. A equipe agora segue a pesquisa do uso do laser no rastreamento de lixos espaciais, além da aplicação desta tecnologia a outras finalidades, como a comunicação a laser.

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Fonte: Phys.org