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Perseverance faz descoberta surpreendente na cratera Jezero

Por| 25 de Agosto de 2022 às 16h30

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NASA
NASA

O rover Perseverance, que há mais de um ano explora a superfície de Marte em busca de sinais de que o planeta tenha abrigado vida no passado, fez uma descoberta surpreendente: rochas vulcânicas (também chamadas de ígneas) no fundo da cratera Jezero, local que já foi o leito de um antigo lago abastecido pelo delta de um rio.

Cientistas esperavam encontrar apenas rochas sedimentares, formadas pela lama depositada no fundo do lago ao longo de milhões de anos.

“A maioria de nós esperava estudar rochas depositadas pelo lago, e levamos um tempo para aceitar que as rochas no fundo da cratera são ígneas”, disse Ken Farley, professor de geoquímica no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), cientista da missão Perseverance e autor de um estudo sobre a descoberta ao Space.com

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A origem das rochas é um mistério, já que segundo Farley não há formações vulcânicas características dentro ou próximas da cratera. Duas formações ígneas foram estudas, uma chamada de Séitah e a outra de Máaz, que fica sobre Séitah. A primeira é rica em olivina, um mineral vulcânico comum, e a segunda parece ter sido formada por lava que fluiu sobre Séitah.

Um outro estudo, liderado por Svein-Erik Hamran, professor de sensoriamento remoto da Universidade de Oslo, na Noruega, aponta de dados do radar de solo do Perseverance mostram que toda a estrutura geológica onde Séitah e Máaz estão contidas parece ter sido “levantada” e está inclinada em cerca de 10 graus.

Isso é outro mistério, já que para levantar uma formação com quase 1 km de extensão seria necessária uma tremenda força tectônica. E Marte não tem, e aparentemente nunca teve, placas tectônicas ou algo parecido. “Podemos afirmar que as rochas foram inclinadas depois que foram depositadas por um fenômeno ainda a ser determinado”, disse Farley.

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Amostras das rochas foram coletadas pelo rover Perseverance, que “seguiu seu caminho” e agora chegou ao delta do rio que desembocava na cratera. Elas devem ser trazidas à Terra durante a missão Mars Sample Return, em 2033.

Fonte: Space.com