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Outros países poderão estudar as novas amostras lunares coletadas pela China

Por| 18 de Dezembro de 2020 às 13h15

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CNSA
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Nesta quarta-feira (16), a cápsula da missão chinesa Chang’e 5 voltou para a Terra. Depois de viajar cerca de 370 mil quilômetros durante 23 dias, a cápsula trouxe com sucesso aproximadamente 1,8 kg de amostras do solo lunar, que são as primeiras que recebemos em mais de 40 anos — a última vez foi em 1976, com as amostras obtidas pela missão soviética Luna 24. Agora, a agência espacial chinesa China National Space Administration (CNSA) comunica estar pronta para colaborar com outros países nos estudos do material.

De acordo com informações de Xu Hongliang, representante da agência espacial, várias agências espaciais em todo o mundo estão observando atentamente o feito — tanto que muitas delas já enviaram cartas de parabéns à China, e expressaram também o desejo de realizar pesquisas conjuntas: “estamos muito abertos à pesquisa conjunta”, disse ele durante uma conferência feita nesta semana.

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Até agora, a CNSA já assinou mais de 140 acordos de cooperação com 40 países, e segue participando de forma proativa em 18 organizações internacionais. Hongliang apontou também a importância do material obtido: “a amostra lunar é um tesouro compartilhado da humanidade, e estamos abertos a cooperar com parceiros internacionais com base na justiça e benefícios compartilhados”. Agora, as agências da China irão definir os guias sobre como as amostras serão estudadas e divididas com parceiros.

Entretanto, a cooperação com os Estados Unidos neste caso é uma questão um pouco mais delicada. Embora Wu Yanhua, diretor da agência espacial chinesa, tenha declarado que a nação tem a intenção de colaborar de forma amigável e sincera com os Estados Unidos, e que agora está dependendo da política da administração estadunidense, a NASA e outras agências oficiais norte-americanas estão proibidas de colaborar com parceiros chineses desde 2011.

Ainda segundo Wu, as amostras de solo lunar serão usadas para pesquisas, exibições em museus e compartilhamento com parceiros internacionais ou como presentes para líderes de estado — mas, de qualquer forma, a pesquisa continua sendo o foco principal e uso primário das amostras. A cápsula da missão pousou em segurança no interior da Mongólia, e representou um grande passo para o sucesso do programa de exploração espacial chinês. Agora, a China é o terceiro país a coletar amostras da superfície do nosso satélite natural, e vem depois dos Estados Unidos e da União Soviética.

Fonte: ChinaDaily, NPR