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"Ouça" as fotos do James Webb com estas sonificações da NASA

Por| Editado por Rafael Rigues | 01 de Setembro de 2022 às 12h52

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NASA, ESA, CSA/K. Arcand, M. Russo/Santaguida/Hart/Blome
NASA, ESA, CSA/K. Arcand, M. Russo/Santaguida/Hart/Blome
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As primeiras fotos do telescópio espacial James Webb maravilharam o mundo e, agora, podem ser exploradas de uma forma nova e imersiva. É que a NASA revelou sonificações da Nebulosa Carina, a Nebulosa do Anel do Sul e do exoplaneta WASP-96 b. A produção dos sons é resultado do trabalho de cientistas, músicos e um membro da comunidade de deficientes visuais, que adaptou os dados do Webb para criar esta exploração sonora deles.

A foto da Nebulosa Carina, por exemplo, foi mapeada em uma bela sinfonia sonora: os músicos escolheram notas únicas para as regiões transparentes e semitransparentes, junto das áreas de gás e poeira da nebulosa. A parte superior da foto, em tons de azul, foi representada por sons de vento; já a metade inferior, em tons de laranja e vermelho, tem sons mais claros e melódicos.

Quanto mais brilhante for a luz da imagem, mais alto será o som. Confira:

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Já a Nebulosa do Anel do Sul foi observada em diferentes comprimentos de onda da luz infravermelha. Nesta sonificação, as frequências de luz foram convertidas diretamente para as frequências sonoras: por isso, a luz quase infravermelha é representa por frequências mais variadas no início do som. Já na metade da sonificação, as notas mudam, porque ali os comprimentos de onda são mais longos.

Você pode conferir esta sonificação abaixo — e fique atento aos 15 e 44 segundos, já que são nestes momentos que as notas se alinham com o centro das imagens, onde estão estrelas no centro da “ação”.

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Por fim, a última sonificação é do exoplaneta WASP-96 b, um mundo gigante gasoso com assinaturas claras de água. Esta sonificação acompanha os dados do espectro do planeta da esquerda para a direita, com sons mais agudos correspondentes às frequências de cada ponto de luz do espectro. Já os comprimentos de onda mais longos têm frequências menores, representados por sons mais graves.

As assinaturas de água são representadas pelo som de gotinhas caindo.

Matt Russo, músico e professor de física na Universidade de Toronto que trabalhou nas sonificações, explica que a música interage com os centros emocionais do corpo. “Nosso objetivo é tornar as imagens e dados do Webb compreensíveis por meio do som, ajudando os ouvintes a criar suas próprias imagens mentais”, explicou ele, em um comunicado.

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Além de ajudar ouvintes com deficiências visuais a conhecer as imagens, as sonificações permitem experimentar os dados do Webb de uma forma diferente — é o que explica Quyen Hart, educador e pesquisador do Instituto de Ciência de Telescópios Espaciais. “Assim como as descrições escritas são traduções únicas de imagens visuais, as sonificações também traduzem as imagens visuais através da codificação de informações, como cor, brilho, localização de estrelas ou assinaturas de absorção de água, como sons”, disse.

Fonte: NASA