Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Origem dos raios cósmicos que atingem a Terra pode ter sido decifrada

Por| Editado por Patricia Gnipper | 23 de Setembro de 2022 às 08h55

Link copiado!

Simon Swordy (U. Chicago), NASA
Simon Swordy (U. Chicago), NASA

Pesquisadores da Universidade de Columbia usaram supercomputadores para simular as condições atmosféricas do Sol e seus campos magnéticos, com o objetivo de descobrir a origem dos raios cósmicos, ou seja, partículas de alta energia que atingem a Terra.

Cientistas tentam desvendar o mistério dessas partículas há muito tempo. Embora existam raios cósmicos que vieram de fora do Sistema Solar, o plasma do Sol também pode ser uma fonte — senão a principal delas. Mas coletar evidências disso não é nada simples.

Não está claro como partículas de alta energia se formam na atmosfera do Sol, ou como elas atingem velocidades próximas à da luz. Contudo, pesquisadores trabalham com a ideia de que campos magnéticos solares desempenham um papel fundamental no processo.

Continua após a publicidade

Os autores do novo artigo criaram a simulação para ver se essa ideia é válida. Eles usaram supercomputadores de Columbia, da NASA e do National Energy Research Scientific Computing Center para reproduzir o comportamento do plasma de nossa estrela.

Plasma é um dos estados da matéria (além do sólido, líquido e gasoso) que ocorre quando os átomos são expostos a temperaturas extremas — como a atmosfera de uma estrela. Nessas condições, os elétrons são separados dos núcleos atômicos formados por prótons e nêutrons.

Nesse processo de separação de suas partículas, os átomos agora se tornaram íons. Os prótons, que possuem carga positiva, são suscetíveis aos campos magnéticos, assim como os elétrons, então é razoável pensar que o magnetismo do Sol é responsável pelos "voos" super rápidos dessas partículas carregadas.

Continua após a publicidade

Foi exatamente isso o que a simulação demonstrou. Os campos magnéticos na atmosfera do Sol aceleram íons e elétrons até velocidades próximas à velocidade da luz, arremessando-as em direção ao espaço e, eventualmente, à Terra.

Raios cósmicos são preocupantes porque podem causar grandes estragos aos satélites, espaçonaves e até mesmo aos astronautas no espaço. Mas a pesquisa não se limita a isso. É que os processos de formação dessas partículas de alta energia é, provavelmente, semelhante às demais produzidas no universo, em estrelas mais distantes e em torno de buracos negros.

Fonte: Universidade de Columbia