Publicidade

Onde e como ver a chuva de meteoros Oriônidas — pico será no no final de outubro

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

Compartilhe:
Flickr/Diana Robinson
Flickr/Diana Robinson

A chuva de meteoros Oriônidas promete iluminar o céu noturno entre o final deste mês de setembro até novembro. Com condições especialmente favoráveis devido à fase da Lua, os observadores devem ter boa visibilidade do evento, cujo pico ocorre no final de outubro.

O nome do fenômeno está relacionado ao seu radiante — ponto do céu de onde os meteoros parecem originar-se — localizado na constelação de Órion, próximo à estrela Betelgeuse.

A Oriônidas deve começar a ser visível em 26 de setembro, intensificando-se a partir de 2 de outubro e atingindo o pico entre as madrugadas dos dias 21 e 23 de outubro. Sua atividade se estende até 12 de novembro.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

O evento é considerado um dos mais atrativos do ano, já que seus fragmentos espaciais são conhecidos pelo brilho intenso e pela alta velocidade ao cruzarem o céu — cerca de 66 km/s —, deixando rastros luminosos.

A intensidade da chuva é geralmente média, e a expectativa é que neste ano sejam observados de 10 a 20 meteoros por hora durante o pico, geralmente por volta das 3h.

Origem no cometa Halley

Meteoros são fragmentos de partículas liberadas por cometas ou asteroides que viajam pelo espaço. E a chuva Oriônidas tem origem em um cometa muito conhecido.

“No caso da chuva dos orionídeos, essas partículas provêm do famoso cometa Halley. Portanto, se você observar um meteoro orionídeo, estará vendo um pedacinho do Halley”, ressalta Rodolpho Langhi, coordenador do Observatório Didático de Astronomia da Unesp.

Visibilidade no Brasil

O pico de atividade da chuva de meteoros — entre as madrugadas dos dias 21 e 23 de outubro — coincide com a fase de lua nova. Dessa forma, o brilho do satélite natural não deve interferir na observação do fenômeno.

Continua após a publicidade

Além disso, o posicionamento da constelação de Órion favorece a visibilidade para observadores no Brasil.

“O radiante fica na constelação de Órion, visível em todo o território brasileiro. O cinturão de Órion, também conhecido como as Três Marias, facilita o reconhecimento da constelação pela população. Mas o fenômeno não se restringe apenas a essa parte do céu, já que os meteoros — por vezes chamados de estrelas cadentes — podem cruzar diferentes regiões do céu”, explica Thiago Signorini Gonçalves, diretor do Observatório do Valongo (RJ).

Dicas para observar a Oriônidas

Para ter a melhor experiência possível, Langhi e Gonçalves recomendam observar o pico da Oriônicas em locais com baixa nebulosidade e pouca poluição luminosa, preferencialmente longe de grandes áreas urbanas, garantindo um céu escuro.

Continua após a publicidade

“É importante ter uma visão ampla do céu. Se possível, escolha campos abertos, sem árvores ou prédios que possam obstruir a visão”, acrescenta Gonçalves.

A chuva de meteoros estará visível a olho nu. Os especialistas indicam não usar telescópios ou binóculos, já que esses instrumentos concentram a visão em uma parte limitada do céu, enquanto a ideia é ter uma visão ampla do horizonte.

Leia mais: 

Continua após a publicidade

VÍDEO | TELESCÓPIOS MAIS INCRÍVEIS DO ESPAÇO

Fonte: American Meteor Society; NASA