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Novo mapa traz mais de 900 mil buracos negros, estrelas e mais em raios X

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Fevereiro de 2024 às 17h23

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MPE, J. Sanders for the eROSITA consortium
MPE, J. Sanders for the eROSITA consortium

O maior mapa de objetos altamente energéticos no espaço acaba de ser publicado. A identificação destas fontes se deve ao telescópio eROSITA, que coletou dados das maiores estruturas do universo, filamentos de gás altamente aquecido e muito mais em metade do céu. 

O novo catálogo foi feito com dados obtidos entre 2019 e 2020, quando o telescópio descobriu mais de 900 mil fontes emissoras únicas. Destas, 710 mil são buracos negros supermassivos no centro das galáxias, e 180 mil são emissões de raios X vindas de estrelas em na Via Láctea.

Ainda, 12 mil aglomerados galácticos foram detectados junto de objetos exóticos que emitem luz altamente energética — um deles é o Pulsar Vela, um velho conhecido dos astrônomos. Ele fica a apenas mil anos-luz da Terra e completa 11 rotações em seu próprio eixo a cada segundo. 

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Os dados revelaram ainda filamentos entre aglomerados de galáxias, quasares liberando poderosos jatos de matéria e muito mais. Foram detectados também mais de mil superaglomerados de galáxias, que são algumas das maiores estruturas do universo. 

"Esses números são impressionantes para a astronomia de raios X", disse Andrea Merloni, investigador principal da eROSITA e primeiro autor do artigo que descreve o novo catálogo. Segundo ele, em apenas seis meses foram detectadas mais fontes emissoras do que grandes missões, como o telescópio Chandra, fizeram em 25 anos de atividades.

Telescópio eROSITA 

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Lançado em 2019, o telescópio eRosita faz parte da espaçonave Spektrum-Röntgen-Gamma, uma missão conjunta da Alemanha com a Rússia. Ela opera a 1,5 milhão de quilômetros da Terra no Ponto de Lagrange 2, uma região de estabilidade gravitacional que também é o lar do telescópio James Webb. 

Durante sua rotação, o telescópio escaneia as fontes de raios X no céu com sete câmeras e captura exposições de até 200 segundos. Desta forma, o eRosita detecta emissões vindas de objetos como os gases quentes liberados por supernovas, nas bolhas de gás entre as galáxias, de buracos negros supermassivos se alimentando de matéria e muito mais.

Fonte: MPG