NASA seleciona conceitos de cargas úteis em miniatura para explorar a Lua
Por Danielle Cassita | 27 de Julho de 2020 às 21h30
Os vencedores do desafio Honey I Shrunk the NASA Payload ("Querida, encolhi a carga útil", em tradução livre), do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) na NASA, já foram revelados. Iniciado em abril, este desafio propôs que os participantes criassem instrumentos que pudessem se tornar cargas úteis de tamanho reduzido - ou seja, que tivessem quase o tamanho de um sabonete e pesassem até 400g - para serem utilizados em futuras missões lunares. Foram enviados mais de 132 projetos com as mais diversas ideias. Agora, 14 equipes vencedoras foram escolhidas e receberam um prêmio total de U$ 160.000.
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Na categoria Lunar Resource Potential, o projeto vencedor foi o “Puli Lunar Water Snooper”, desenvolvido pelos cientistas e engenheiros da equipe Puli Space Technologies. Apaixonados pela Lua, eles criaram um instrumento de mapeamento de hidrogênio na superfície lunar em um pequeno rover para auxiliar na busca por água congelada. O time recebeu o prêmio de U$ 30.000.
Já a categoria Lunar Environment teve como projeto vencedor o "Sun Slicer", desenvolvido pela equipe de mesmo nome, que conta com engenheiros e cientistas. Eles apresentaram um espectrômetro de raios-x que conta com uma câmera integrada, adaptada especialmente às condições do ambiente lunar - e, claro, tudo isso em dimensões compactas e com baixo consumo de energia. A equipe foi premiada no valor de U$ 30.000. Por fim, os projetos desenvolvidos pelas equipes Stardust, Padua e RICO receberam menções honrosas.
A ideia para o desafio surgiu a partir da necessidade de reduzir o peso da carga útil em futuras missões, já que grandes cargas úteis geram grandes custos nas missões. Assim, as versões reduzidas das cargas úteis permitem que os pesquisadores utilizem plataformas de menor custo e mais móveis, o que tornaria os estudos mais acessíveis.
Sabah Bux, tecnóloga do JPL, ficou maravilhada com as ideias propostas pelos participantes. “Estes projetos podem ajudar a NASA a sustentar a presença humana no espaço e permitir uma nova ciência”, explica ela. E o desafio não acabou aí: é possível que sejam realizadas novas competições para desenvolver protótipos, testes e colocar em prática as ideias vencedoras.