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NASA seleciona projetos de estudantes para explorar os polos da Lua até 2023

Por| 17 de Fevereiro de 2020 às 19h10

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Imagine ser um estudante universitário e colaborar com missões da NASA, apresentando e desenvolvendo projetos e tecnologias para explorar a Lua? Pois é exatamente isso o que algumas equipes universitárias conseguiram, ao vencer dois desafios da agência espacial. Eles apresentaram seus projetos de exploração lunar e receberam financiamento para desenvolvê-los para uma possível missão até 2023.

De acordo com Chad Rowe, gerente de projeto na sede da NASA, "esses estudantes fazem parte da geração Artemis e estão ajudando a atender às necessidades da missão da NASA hoje, enquanto desenvolvem uma experiência prática relevante que os preparará para carreiras aeroespaciais após a graduação".

Os desafios

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Para atingir o objetivo de estabelecer a presença humana sustentável na Lua, a NASA precisa de meios eficazes para explorar os recursos naturais disponíveis por lá. Já existem alguns protótipos inovadores nesse sentido, como a “fábrica” que produz oxigênio a partir da poeira lunar. Agora, a NASA concedeu quase US$ 1 milhão a equipes universitárias para criar maneiras de explorar as áreas mais escuras da Lua.

Na Lua, há regiões que estão permanentemente sob sombra - crateras que permanecem escuras por bilhões de anos nos polos norte e sul e se tornaram depósitos de hidrogênio e de água congelada. Esses locais são mais escuros porque, devido à inclinação do eixo de rotação da Lua, nunca recebem luz solar. Mas as tecnologias desenvolvidas pelos alunos universitários podem ajudar a revelar o que essas regiões têm a oferecer.

Através de dois desafios propostos - o Breakthrough, Innovative and Game-changing (BIG) Idea Challenge e o Space Grant project - a NASA concedeu o valor de quase US$ 1 milhão a oito equipes de estudantes que deverão apresentar exemplos de tecnologias lunares e demonstrar formas inovadoras de estudar essas áreas escuras da Lua. "É um momento emocionante para a NASA e estudantes em todo o país", disse Drew Hope, gerente de programa do BIG. “Este é o maior valor que a NASA concedeu em um desafio estudantil diretamente conectado ao Artemis”.

Os ganhadores

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As equipes selecionadas desenvolverão maneiras de coletar dados nas regiões escuras, gerar energia sem fio para uma futura infraestrutura, permitir mobilidade autônoma mesmo nos ambientes mais extremos, entre outras necessidades para a presença do Homem na Lua. Tudo isso ajudará o programa Artemis, que pretende realizar um pouso humano em 2024, e preparará tecnologias para a estabelecer a permanência humana até 2028.

Entre as vencedoras está a equipe da Universidade Estadual do Arizona, que propôs sondas em forma de bola e uma catapulta de mola capaz de lançá-las de um módulo lunar para diferentes locais dentro e ao redor de uma cratera. As sondas poderiam coletar e enviar dados diretamente ao módulo de pouso por várias horas.

Já o time da Colorado School of Mines propõe uma demonstração de energia sem fio para extrair a água nas regiões permanentemente sombreadas da Lua. Esta demonstração usa lasers para alimentar pequenos receptores estacionários. A equipe do Dartmouth College criará pequenos e leves robôes exploradores que viajam e trabalham independentemente ou em grupo. Os vários veículos móveis podem se conectar e formar um sistema semelhante a um bonde, para navegar em terrenos lunares suaves, distribuir energia e transportar instrumentos para diferentes locais perto dos polos da Lua.

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Também há um pequeno veículo espacial da Universidade Tecnológica de Michigan, que vai amarrar cabos leves e supercondutores em um módulo de pouso enquanto atravessa crateras em regiões permanentemente sombreadas. Uma vez em seu destino, o veículo atua como um hub de recarga e um ponto de comunicação para outros robôs que trabalham na área, fornecendo energia contínua sem exigir luz solar direta. A equipe da Northeastern University em Boston criou um sistema semelhante, com duas partes - um pequeno rover de pernas (SCOUT) e um módulo de suporte (DOGHOUSE), queatuará como estação de carregamento e ponto de comunicação, enquanto o SCOUT vai explorar a permanentemente sombreada.

Por fim, há um instrumento criado pela Universidade Estadual da Pensilvânia, que vai medir a composição do solo lunar nas regiões sombreadas, a fim de determinar onde há concentração de recursos, como gelo de água. E a Universidade da Virgínia usará um laser de alta potência acoplado em um módulo para fornecer energia sem fio a um veículo que estará dentro de uma cratera escura, explorando seus recursos.

Cada uma dessas equipes recebeu um valor diferente, de acordo com o orçamento apresentado pelos projetos. O financiamento da NASA será agora usado para desenvolver e testar essas tecnologias nos próximos 10 meses em ambientes que simulam o solo lunar. As equipes apresentarão os resultados de suas pesquisas e desenvolvimento a um painel da NASA e especialistas do setor em novembro de 2020 e devem demonstrar sua prontidão para uma possível missão lunar já em 2023.

Fonte: NASA