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NASA pode ter problemas na transição a estações espaciais comerciais

Por| Editado por Rafael Rigues | 22 de Julho de 2022 às 13h45

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cookelma/Envato
cookelma/Envato

Durante uma reunião realizada nesta quinta-feira (21), membros do Painel de Aconselhamento de Segurança Aeroespacial da NASA demonstraram preocupação com os esforços da agência conduzidos durante o período de transição da Estação Espacial Internacional (ISS), que se aproxima do fim de sua vida útil, para estações espaciais comerciais. Segundo os participantes da reunião, a mudança está seguindo uma “trajetória precária”.

Os participantes relataram preocupações com as estações comerciais com desenvolvimento apoiado pela NASA, já que elas dificilmente vão estar prontas antes que a ISS seja aposentada, no fim da década. Essa possibilidade já havia sido levantada pelo Gabinete do Inspetor Geral da agência, que alertou que “uma estação comercial provavelmente não estaria pronta até bem depois de 2030”, e que “o cronograma de ter uma estação ou mais prontas antes de 2030 não é realista”.

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O projeto para as futuras estações comerciais faz parte da iniciativa Commercial Low Earth Orbit (LEO) Destinations, da agência espacial. A NASA já selecionou propostas apresentadas pelas empresas Blue Origin, Nanoracks e Northrop Grumman no ano passado, para avançar os respectivos projetos de estações espaciais comerciais.

Entretanto, além da preocupação com o cronograma, os participantes do painel destacaram também problemas orçamentários, que incluem os recursos necessários para manter a presença da NASA na órbita baixa da Terra. “Essa é uma área de preocupação para nós”, ressaltou Patricia Sanders, diretora do painel. Para Amy Donahue, outra participante, há muito pouca margem para garantir a presença contínua dos Estados Unidos na órbita baixa terrestre.

"Não há uma previsão ou uma forma de garantir para as fornecedoras a extensão dos negócios da NASA quando um laboratório comercial estiver disponível", disse Donahue. “A NASA precisa realmente reconhecer e se planejar para a realidade em que a manutenção da presença humana contínua em órbita agora, e para o futuro, exigirá investimentos significativos do governo”, finalizou.

Fonte: SpaceNews