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NASA lança sistema de comunicação espacial via laser

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA/Joel Kowsky
NASA/Joel Kowsky
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A missão Space Test Program-3 (STP-3) foi lançada às 7h19 (horário de Brasília) desta terça-feira (7) a bordo do foguete Atlas V, da United Launch Alliance (ULC), a partir da base de lançamentos da Força Espacial na Flórida. A STP-3 enviou cargas úteis de segurança nacional e um satélite da NASA para demonstrar as comunicações a laser estabelecidas na órbita da Terra.

O lançamento estava inicialmente marcado para o dia 5 de dezembro, mas um vazamento no sistema de armazenamento de combustível provocou o adiamento. A missão de US$ 1,1 bilhão decolou com sucesso em direção a uma órbita geossíncrona, conduzida pelo Atlas 5 551 e seus cinco impulsionadores sólidos.

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Este foi o 90 º voo do Atlas V, também a missão mais longa do veículo que precisou de três queimas com o motor RL10C-1 do estágio superior. Enquanto a carga secundária foi programa para ser liberada cerca de 7 horas após a decolagem, a carga primária será liberada pouco mais de 8 horas — a cerca de 35 km de altitude.

A missão STP-3 teria acontecido em 2019, não fossem os atrasos no desenvolvimento das cargas úteis de comunicação a laser da NASA e as paralisações de 2020 por conta da pandemia de covid-19.

Cargas úteis da missão

A carga útil primária, chamada STPSat-6, inclui o Sistema de Relatório de Explosão Espacial e Atmosférica 3 (SABRS-3, na sigla em inglês) da Administração de Segurança Nuclear nacional. O SABRS-3 é um sensor desenvolvido para detectar explosões nucleares.

O STPSat-6 também carrega a carga útil de Demonstração de Relé de Comunicação a Laser (LCRD, na sigla em inglês) da NASA, um sistema que será usado para testar a comunicação a laser entre a Terra e a órbita geossíncrona. O LCRD é liderado pelo Goddard Space Flight Center.

O administrador associado adjunto do programa de comunicação e navegação da NASA, Badri Younes, disse que o LCRD foi projetado para conseguir fazer downloads por sinais ópticos a uma taxa de 1,2 gigabit por segundo. Um mapa de Marte enviado à Terra com os atuais sistemas de rádio poderia levar até nove anos, mas apenas nove semanas com a comunicação a laser.

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A missão também enviou a carga secundária, a Long Duration Propulsive ESPA (LDPE-1), um pequeno anel adaptador de satélite desenvolvido para implantar experimentos militares, incluindo seis experimentos da Força Espaciais dos EUA para o clima espacial e consciência situacional. Tanto o STPSat-6 quanto o LPDE-1, foram fabricados pela Northrop Grumman.

Novidades no foguete Atlas V

O vice-presidente de programas governamentais e comerciais da ULA, Gary Wentz, explicou que o Atlas V usado para este lançamento estreou três novos itens. O primeiro é uma carenagem de carga útil de 5 metros de diâmetro desenvolvido pela RUAG — através da produção fora da autoclave, onde os compostos de fibra de carbono são curados em um forno.

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Também há um sistema de energia de voo para carregar as baterias do satélite e um sistema de navegação GPS avançado no estágio superior Centaur, com o objetivo de melhor a precisão das inserções das cargas úteis na órbita terrestre.

Segundo Wentz, a empresa queria testar os novos recursos no Atlas V para adquirir experiências que serão aplicadas na transição para o próximo foguete, o Vulcan Centaur — com mais de 5,4 metros de diâmetro na carenagem.

Confira, a seguir, todo o evento de lançamento transmitido pela NASA:

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Fonte: NASA; Via SpaceNews