NASA descobre planeta do tamanho de Netuno com ano que dura 21 horas
Por Danielle Cassita • Editado por Luciana Zaramela |
Uma equipe de pesquisadores internacionais liderada por Emma Nabbie, da Universidade de Southern Queensland, descobriu um exoplaneta que é do tamanho de Netuno, mas ao contrário do nosso vizinho no Sistema Solar, é muito mais quente. O motivo? O exoplaneta TOI-3261 b está bem pertinho da sua estrela.
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O mundo em questão foi descoberto com a ajuda do telescópio TESS, da NASA. Os dados obtidos até então mostram que trata-se de um mundo que pertence ao grupo dos chamados “desertos dos Netunos quentes”. Trata-se de uma categoria com tão poucos planetas que a escassez lembra uma paisagem desértica.
Basicamente, os “Netunos quentes” são exoplanetas com tamanho e composição parecidos com a de netuno do Sistema Solar, mas que orbitam suas estrelas bem de perto. No caso, TOI-3261 b está tão perto da estrela que os “anos” lá duram apenas 21 horas terrestres!
A órbita é tão curta que este mundo pode ser colocado na categoria dos “Netunos quentes de período ultra curto”. Esta categoria é ainda mais restrita que a anterior, incluindo apenas três outros planetas conhecidos e com massas já determinadas com precisão.
Além disso, o TOI-3261 b pode ser um bom candidato para testes de modelos computacionais de formação planetária. Apesar de planetas assim serem raros, os cientistas suspeitam que os Netunos quentes já foram gigantes gasosos como Júpiter, mas perderam massa devido à radiação da estrela.
E parece ter sido isso que aconteceu com o TOI-3261 b. Por enquanto, os pesquisadores suspeitam que o sistema tem cerca de 6,5 bilhões de anos, e que o exoplaneta foi um gigante gasoso bem maior do que é hoje. Sua massa pode ter sido perdido por meio da fotoevaporação, causada pela energia da estrela, ou pela ação da sua gravidade.
Para descobrir mais sobre os elementos que podem ter estado presentes em sua atmosfera, os pesquisadores devem trabalhar com o telescópio James Webb. Com o observatório, eles podem identificar pistas das diferentes moléculas que podem ter existido por lá, revelando mais sobre seu passado e os processos que podem ter ocorrido.
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Fonte: NASA