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NASA dá continuidade a programa de 50 anos ao lançar o satélite LandSat 9
Após atrasos causados pela escassez de oxigênio líquido, usado para tratar pacientes da COVID-19, somado a condições climáticas desfavoráveis, o mais novo satélite de observação da Terra finalmente foi levado ao espaço. O Landsat 9 foi lançado com um foguete Atlas V, da United Launch Alliance, nesta segunda-feira (27), e ajudará a dar continuidade ao recorde de 50 anos de imagens da Terra, que seguem sendo coletadas pelos satélites do programa Landsat desde 1972.
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O foguete Atlas V deixou a plataforma da Base da Força Espacial de Vandenberg às 15h12 (horário de Brasília) e logo desapareceu em meio a uma densa camada de nuvens que cercava o espaçoporto. Cerca de 1h20 após o lançamento, o satélite foi liberado do foguete. Eventualmente, o satélite irá se posicionar em uma órbita que irá cobrir os polos da Terra, a uma altitude de aproximadamente 705 km.
And... liftoff! 🚀
— NASA (@NASA) September 27, 2021
The #Landsat 9 satellite has lifted off from the Vandenberg Space Force Base in California aboard a @ULALaunch Atlas V rocket at 2:12pm ET. pic.twitter.com/O6YXhtf7kT
O Landsat 9 é quase um gêmeo do Landsat 8, lançado em 2013 e que segue em operação até hoje — mas, em comparação com seu antecessor, ele conta com algumas novidades em seus instrumentos. Uma delas é o Operational Land Imager 2, que coleta medidas de 16 mil tons em cada uma das bandas dos nove comprimentos de onda em contraste com os 4 mil tons que o instrumento do Landsat 8 consegue identificar. O novo satélite irá substituir o Landsat 7 e deverá iniciar suas operações em janeiro e, junto do Landsat 8, poderá obter imagens de toda a Terra a cada 16 dias, com taxa de revisita de oito dias; dependendo da precisão de inserção orbital, o novo satélite poderá operar por pelo menos 15 anos.
Construído e lançado pela NASA, a missão Landsat 9 é a nona do programa de mesmo nome, e irá dar continuidade ao objetivo de monitorar e gerenciar os recursos que temos em nosso planeta — os cientistas da missão descrevem o programa como aquele de ciências da Terra com o maior impacto econômico. “O Landsat nos diz sobre a vegetação da Terra, o uso do solo, os litorais e a água de superfície; esses são apenas alguns exemplos”, explica Karen St. Germain, diretora da divisão de ciências da Terra na NASA.
The #Landsat 9 observatory has successfully separated and is on its way to continue 50 years of uninterrupted Earth observations 🌏👀 pic.twitter.com/TqjP4ZGOLu
— NASA (@NASA) September 27, 2021
Segundo ela, ao combinar os resultados do Landsat com os de outras missões, é possível entender o que está acontecendo em nosso planeta junto dos motivos por trás dos diferentes processos. “Montamos uma história incrível de como o planeta mudou ao longo dos últimos 50 anos”, disse Jeff Masek, cientista de projeto do Landsat 9. Isso porque a família de satélites Landsat segue produzindo imagens da Terra desde 1972, ano em que o primeiro deles foi lançado, o que proporciona aos pesquisadores um registro contínuo de dados dos ecossistemas terrestres.
Nos últimos 50 anos de atividades, a missão já coletou mais de 8 milhões de imagens da Terra. Esses dados vêm auxiliando na tomada de decisões e no gerenciamento de recursos de diversas áreas, além de fornecer uma enorme contribuição para o monitoramento das mudanças climáticas. Assim, as informações obtidas permitem prever os níveis de produção de alimentos, gestão do uso da água e antecipação de possíveis períodos de seca, entre outros.
Além do Landsat 9, o Atlas V levou quatro CubeSats à órbita como cargas úteis secundárias — entre eles, está o Colorado Ultraviolet Transit Experiment (CUTE), um cubesat do tamanho de uma caixa de cereal que irá estudar os exoplanetas conhecidos como “Júpiteres quentes”. Já o Cusp Plasma Imaging Detector (CuPID) irá medir as emissões de raios-X das partículas de vento solar que colidem com a atmosfera terrestre.
Abaixo, você confere a transmissão completa do lançamento:

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