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NASA cria time para estudar fenômenos aéreos não identificados

Por| Editado por Patricia Gnipper | 24 de Outubro de 2022 às 13h21

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artemp3/Envato
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A NASA anunciou a seleção de 16 especialistas que farão um estudo independente sobre fenômenos aéreos não identificados (ou “UAPs”, na sigla em inglês) — nome mais correto para OVNIs, os objetos voadores não identificados. O estudo começa nesta segunda-feira (24) e, ao longo dos nove meses de trabalho, a equipe irá preparar as bases para estudos futuros dos UAPs para a NASA e outras organizações. Os resultados serão liberados para o público.

Os UAPs envolvem eventos observados no céu que não podem ser identificados como fenômenos naturais ou aeronaves. Eles são de interesse não necessariamente por uma possível relação com seres extraterrestres, mas sim devido à segurança nacional e área dos Estados Unidos, já que podem ser tecnologias avançadas de nações rivais. Contudo, sem acesso a um grande conjunto de dados, é quase impossível verificar ou explicar as observações de UAPs.

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Assim, a NASA anunciou o grupo em junho, e espera que o estudo mostre que tipos de dados dos UAPs podem ser coletados no futuro para que, assim, seja possível determinar cientificamente a natureza deles. O estudo será organizado por Daniel Evans, o vice-administrador associado assistente para pesquisa na Diretoria de Missões Científicas da NASA, e liderado por David Spergel, presidente da Simons Foundation. Eles vão trabalhar com foco em dados não confidenciais, e o relatório com os resultados deverá ser publicado em 2023.

Thomas Zurbuchen, administrador associado da Diretoria de Missão da NASA, em Washington, destacou a importância de estudar os UAPs. “Os dados são a linguagem dos cientistas, que torna o inexplicável, explicável”, disse. “A NASA uniu alguns dos maiores cientistas e membros da comunidade de dados e inteligência artificial, especialistas em segurança espacial, todos com conhecimentos específicos, que vão nos dizer como aplicar o foco completo da ciência e dados aos UAPs”, acrescentou Evans.

Conheça abaixo os membros do estudo independente sobre os UAPs:

  • David Spergel: astrofísico e presidente da Simons Foundation, organização criada para avançar as fronteiras de pesquisa em matemática e ciência básica. Ele já mediu a idade, forma e composição do universo, e teve papel de destaque no estabelecimento do modelo padrão da cosmologia.
  • Anamaria Berea: professora associada de Ciência Computacional e de Dados na Universidade George Manson. É pesquisa afiliada do Instituto SETI e conduz pesquisas focadas na emergência da comunicação em sistemas vivos complexos e aplicações de ciência de dados em astrobiologia.
  • Federica Bianco: professora da Universidade de Delaware. Ela é cientista adjunta de projeto para o Observatório Vera C. Rubin, e trabalha com o uso da ciência de dados para estudos do universo e para a busca de problemas urbanos na Terra.
  • Paula Bontempi: atua como oceanógrafa biológica há mais de 25 anos. Ela leciona oceanografia na Universidade de Rhode Island, e liderou pesquisas da NASA em biologia, bioquímica, ciclo do carbono e ecossistemas.
  • Reggie Brothers: parceiro operacional na AE Industrial Partners. Antes de entrar no setor privado, ele trabalhou como subsecretário de Ciência e Tecnologia no Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, e foi também vice-secretário adjunto de Defesa para Pesquisa no Departamento de Defesa do país.
  • Jen Buss: CEO do Instituto Potomac de Estudos em Políticas, em Virgínia. Antes de assumir o cargo, Buss trabalhou com a NASA para explorar problemas de políticas e processos de planejamento estratégico para cuidados médicos com astronautas e diagnósticos de câncer.
  • Nadia Drake: jornalista de ciências freelancer e escritora colaboradora na National Geographic. Ela escreve com regularidade para a Scientific American e é especialista na cobertura de astronomia, astrofísica, ciência planetária e selvas. É doutora em genética pela Universidade de Cornell.
  • Mike Gold: vice-presidente executivo de Espaço Civil e Assuntos Exteriores na Redwire. Antes da empresa, Gold atuou como administrador associado de Polícias e Parcerias Espaciais, entre outras funções na NASA.
  • David Grinspoon: cientista do Instituto de Ciência Planetária no Arizona, que atua como consultor de exploração espacial na NASA. Integra a equipe da missão DAVINCI e de outras missões planetárias.
  • Scott Kelly: ex-astronauta da NASA, piloto de testes e combate e capitão da Marinha, já aposentado. Foi o comandante das Expedições 26, 45 e 46 na Estação Espacial Internacional, e serviu como piloto do ônibus espacial Discovery.
  • Matt Mountain: presidente da Associação de Universidades para Pesquisa e Astronomia (AURA). Atua como cientista de telescópio para o programa do telescópio espacial James Webb, e integra o Grupo de Trabalho em Ciência no observatório.
  • Warren Randolph: diretor executivo adjunto do Departamento de Investigação e Prevenção de Acidentes para Segurança da Aviação da Federal Aviation Administration (FAA). Atualmente, é responsável pela implementação de princípios de segurança e uso de dados para informar riscos futuros.
  • Walter Scott: vice-presidente executivo e diretor de tecnologia da Maxar Technologies. Assumiu posições de liderança no Laboratório Nacional Lawrence Livermore e foi presidente da Scott Consulting.
  • Joshua Semeter: professor de engenharia elétrica e de computação e diretor do Centro de Física Espacial na Universidade de Boston. Ali, ele pesquisa as interações entre a ionosfera terrestre e o ambiente espacial.
  • Karlin Toner: diretora executiva do Escritório de Polícias e Planos em Aviação, da FAA. Já serviu como diretora de estratégia global da instituição, e atuou em diferentes posições de liderança na NASA.
  • Shelley Wright: professora associada de física na Universidade da Califórnia. É especialista em galáxias, buracos negros supermassivos e construção de instrumentos ópticos e de infravermelho para telescópios. É também pesquisadora e instrumentalista da busca por inteligência extraterrestre.
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Fonte: NASA