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NASA confirma tensão com Boeing durante decisão do caso Starliner

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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European Space Agency
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A NASA decidiu que a Starliner, espaçonave da Boeing, vai voltar vazia à Terra nesta sexta (6). A decisão foi tomada para priorizar a segurança dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams — mas segundo Steve Stich, gerente do programa Commercial Crew na agência espacial, a escolha não foi fácil

“Eu diria que, sempre que [...] há esse tipo de decisão, há alguma tensão na sala”, comentou Stich em uma conferência realizada na quarta (4), em referência à reunião em que os membros da missão decidiram que a Starliner voltaria sem tripulação

Segundo ele, a Boeing acreditou no modelo criado para prever a degradação dos propulsores no resto do voo. “A equipe da NASA olhou para o modelo e viu algumas limitações. A questão era, nós temos confiança nos propulsores? E o quão mais podemos prever de degradação neles da desacoplagem ao acionamento de desórbita?”, explicou. 

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A Starliner chegou à Estação Espacial Internacional (ISS) em junho, com Wilmore e Williams a bordo para uma estadia de apenas oito dias por lá. No entanto, cinco dos seus propulsores tiveram problemas; após meses, a NASA concluiu que era perigoso demais trazê-los de volta com o veículo da Boeing

“Do ponto de vista da Boeing, eles certamente conhecem sua nave espacial e estão analisando os riscos e o que acham que é a capacidade de um veículo”, ressaltou Stich. Mas ele observou que “a Boeing não está em posição” de fazer as mesmas negociações de risco que a NASA faz; segundo ele, esta posição seria injusta, já que envolveria incluir outras espaçonaves — no caso, a Crew Dragon, veículo da SpaceX escolhido para o retorno dos astronautas. 

Para isso, a missão Crew-9 vai ser lançada apenas com Nick Hague e Aleksandr Gorbunov a bordo da Crew Dragon. Desta forma, os outros dois assentos podem ser ocupados por Suni e Butch, que vão retornar à Terra em fevereiro de 2025.

Fonte: Space.com