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Mistério dos "ziguezagues" no Sol é resolvido pela sonda Solar Orbiter

Por| Editado por Patricia Gnipper | 12 de Setembro de 2022 às 09h08

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ESA/NASA/Solar Orbiter/EUI & Metis Teams/D. Telloni et al.
ESA/NASA/Solar Orbiter/EUI & Metis Teams/D. Telloni et al.

A sonda Solar Orbiter encontrou novas pistas sobre a origem de um fenômeno estranho: os ziguezagues magnéticos solares. Eles são grandes deflexões repentinas do campo magnético que influencia o vento solar.

Com as observações recentes da Solar Orbiter, os pesquisadores obtiveram imagens da estrutura. Os ziguezagues em formato de “S”, observados em sobrevoos anteriores das sondas solares, estão relacionados às reversões repentinas do campo magnético solar.

Essa conclusão se deve ao fato de que essas reversões ocorrem com maior frequência perto do Sol, onde os ziguezagues aparecem nas imagens. O plasma solar, formado por partículas da coroa, é eletricamente carregado; isso o torna suscetível às linhas de campo magnético. Em outras palavras, o plasma segue o mesmo caminho traçado por essas linhas.

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A nova imagem da Solar Orbiter mostra que o ziguezague estava ocorrendo acima de uma região ativa (onde manchas solares surgem fomentando a atividade magnética) catalogada como AR 12972. Ali, a velocidade do plasma acima da região era muito lenta, indicando que a energia armazenada ainda não havia sido liberada.

Linhas de campo magnético acima dessas regiões podem ser abertas e fechadas. Estas últimas formam uma espécie de laços que se arqueiam na atmosfera solar antes de se curvarem de volta ao Sol. Como o plasma é “controlado” por essas linhas, ele não pode escapar para o espaço e, portanto, a energia é armazenada e a velocidade do vento solar é lenta.

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Já as linhas de campo abertas se conectam com o campo magnético interplanetário do Sistema Solar. São por essas vias que o vento solar se propaga, levando as partículas carregadas do Sol em direção aos planetas e gerando tempestades geomagnéticas.

De acordo com o estudo sobre as novas imagens, os ziguezagues ocorrem quando há uma interação entre uma região de linhas de campo abertas e uma região de linhas de campo fechadas. Nesses encontros, elas se reconectam de modo mais estável, liberando energia. Esse processo cria a perturbação em forma de S.

Entender os ziguezagues é um passo importante para uma compreensão ampla dos mecanismos que geram o vento solar. Agora, os cientistas querem sobrevoar as regiões de origem dos ziguezagues no Sol para observar de perto o que acontece durante uma reversão de campo magnético.

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Fonte: ESA