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Comitê avalia que NASA e ESA estão prontas para trazer amostras de Marte à Terra

Por| 10 de Novembro de 2020 às 17h10

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Reprodução/NASA/JPL-Caltech
Reprodução/NASA/JPL-Caltech

Coletar e trazer em segurança amostras do solo de Marte por meio da campanha Mars Sample Returno (MSR) é uma empreitada ambiciosa que será feita em uma parceria entre a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA). Agora, um comunicado da agência espacial estadunidense revela o resultado da análise que um comitê independente fez da MSR: o comitê concluiu que as agências estão prontas para o desafio, depois de anos de progresso científico e técnico na exploração do Planeta Vermelho.

Geralmente, essa é uma análise que é feita em um momento mais avançado do programa, mas o Comitê de Análise Independente foi iniciado pela NASA para garantir que essa missão tão aguardada esteja no caminho certo para o sucesso. O comitê foi composto por dez líderes experientes e especialistas em áreas científicas e da engenharia, que apresentaram 44 recomendações para o escopo e gerenciamento do programa, aproximação técnica, cronograma e financiamento.

Assim, o comitê reconheceu a cooperação de longa data entre as duas agências como a base para essa campanha ambiciosa que será realizada. “A análise independente deu forte suporte à Mars Sample Return, ótimas notícias para a campanha”, diz David Parker, diretor de exploração humana e robótica na ESA. “Isso reforça nossa visão compartilhada de providenciar partes do Planeta Vermelho para os cientistas as estudarem com ferramentas e técnicas que jamais poderíamos levar a Marte”. Para isso, a campanha Mars Sample Return prevê que a NASA e ESA lancem várias missões para que, juntas, enviem sondas e naves ao Planeta Vermelho com o objetivo de coletar e trazer amostras ao nosso planeta.

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Isso irá exigir três veículos espaciais avançados, e o primeiro é o rover Perseverance, que segue viagem para Marte e chegará lá em fevereiro do ano que vem. O rover está equipado com uma broca e tubos que irão coletar e armazenar as amostras; a ideia é que alguns fiquem em Marte para que o rover Sample Fetch Rover, da ESA, faça a coleta e os entregue para o Mars Ascent Vehicle, da NASA, que lançaria as amostras em órbita à volta do planeta. Depois, uma sonda chamada Earth Return Orbiter, também da ESA, vai coletar as amostras e inseri-las em uma cápsula de armazenamento para que venham à Terra em segurança, o que deve acontecer na década de 2030.

O retorno seguro dessas amostras é uma das maiores prioridades da pesquisa Planetary Science Decadal Survey, e a NASA veio trabalhando no desenvolvimento das capacidades críticas e conceito da MSR nos últimos três anos. “A Mars Sample Return é algo que a NASA precisa fazer como membro líder da comunidade global", disse Jim Bridenstine, administrador da agência espacial estadunidense. "Sabemos que existem desafios à frente, e por isso observamos essa arquitetura de perto. E é por isso que, no fim, alcançamos grandes feitos".

Thomas Zurbuchen, administrador associado da NASA, comenta que a agência está comprometida com o sucesso da missão e vem aceitando grandes desafios. “Esperamos continuar planejando e formulando a missão em parceria com a ESA. Por fim, acredito que esse retorno das amostras vai fazer jus aos esforços e vai nos ajudar a responder perguntas-chave da astrobiologia do Planeta Vermelho, nos deixando um passo mais próximos de enviar humanos para Marte”, finaliza. Agora, as agências irão fortalecer a parceria e estudar as recomendações do relatório, para analisarem juntas como podem ser refletidas no trabalho que vêm realizando.

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Fonte: ESA, NASA