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Missão indiana que estudará Vênus por quatro anos só deve ser lançada em 2024

Por| 01 de Dezembro de 2020 às 13h20

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NASA
NASA

A missão indiana Shukrayaan, que irá orbitar Vênus, sofreu uma mudança em seu cronograma em função de atrasos relacionados à pandemia de COVID-19: segundo informações de um cientista da Indian Space Research Organization (ISRO), a agência espacial indiana, a missão será lançada, na verdade, no final de 2024. Quando liberou solicitações de propostas de instrumentos para uma missão em Vênus, em 2018, a ISRO tinha planos para o lançamento ocorrer na metade de 2023.

De acordo com informações fornecidas por T. Maria Antonita, da agência espacial, os atrasos relacionados à pandemia causaram o adiamento do lançamento da missão para dezembro de 2024. Além disso, eles contam também com uma janela de lançamento “reserva” na metade de 2026 para aproveitar o momento de maior proximidade entre a Terra e Vênus, que ocorre a cada 19 meses e permite maior economia de combustível da missão. Assim, a ideia é que a nave orbital Shukrayaan seja a primeira missão lançada a Vênus pela agência, e deverá passar quatro anos estudando nosso vizinho.

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No momento, a Shukrayaan está pronta para ser lançada no foguete indiano GSLV Mk II — mas é possível que viaje com o no GSLV Mk III, que é ainda mais poderoso e permite carregar mais instrumentos ou combustível. A ISRO irá decidir nos próximos meses qual será o veículo escolhido. A nave, que pesa 2.500 kg em sua configuração atual, tem o objetivo principal de mapear a superfície do planeta e o interior dela, além de estudar a composição da atmosfera e como ela interage com o vento solar.

Depois de lançada, a Shukrayaan deverá levar alguns meses até chegar a Vênus e entrar em órbita elíptica em torno do planeta. Para isso, a missão contará com instrumentos para estudar o ambiente venusiano, e o principal deles será um radar sintético de abertura para examinar a superfície do planeta sem depender da luz visível — uma versão anterior do instrumento esteve a bordo da missão Chandrayaan-2, que foi lançada à Lua em julho doano passado.

Outro instrumento que fará parte da missão é o Venusian Neutrals Analyzer (VNA). Produzido em uma parceria entre a Suécia e a Índia, este instrumento terá a tarefa de examinar como as partículas que o Sol emite interagem com a atmosfera venusiana — outra geração do instrumento também esteve presente na missão Chandrayaan-1, com o objetivo de estudar como as partículas carregadas do Sol podem afetar um mundo de atmosfera bem mais densa.

Diversas missões já foram lançadas para Vênus desde a década de 1960, mas apenas três delas orbitaram o planeta nos últimos 30 anos: por exemplo, a Venus Express, da Agência Espacial Europeia, esteve por lá durante oito anos, enquanto a missão Akatsuki, do Japão, foi lançada em 2010 e entrou em órbita em 2015. Agências espaciais de todo o mundo vêm demonstrando interesse neste nosso vizinho — tanto que a NASA selecionou missões no início do ano para análise para aproveitar oportunidades de lançamento em 2025 e 2028.

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Fonte: Space.com, Spacenews