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Missão DART: telescópios em solo vão acompanhar impacto em asteroide

Por| Editado por Patricia Gnipper | 26 de Setembro de 2022 às 12h14

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ESA
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Na noite desta segunda-feira (26), a sonda DART, da NASA, vai se chocar contra o asteroide Dimorphos, liberando uma pluma de detritos da rocha espacial. A pluma será observada por telescópios contratados pelo Centro de Coordenação de Objetos Próximos da Terra (NEOCC), da Agência Espacial Europeia (ESA), que prometem observações capazes de ajudar a revelar mais sobre a composição de Dimorphos e a energia transferida pela colisão.

Dimorphos é um asteroide de aproximadamente 170 m de diâmetro que orbita Didymos, um asteroide maior. Com o impacto, a órbita de Dimorphos ao redor de Didymos deverá sofrer uma pequena mudança, que pode ser medida com a observação da curva de luz dele, a qual representa a luminosidade refletida pelo asteroide. Os telescópios Hubble e James Webb vão acompanhá-la, mas a maioria dos observatórios em solo não conseguirá observar diretamente o impacto.

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É aqui que entra o trabalho dos telescópios do NEOCC, que vão conferir o impacto e a pluma de material ejetado do asteroide. Devido à posição de Dimorphos no céu no momento do impacto, os telescópios Les Makes, na Ilha da Reunião, e o telescópio Springbok, na Namíbia, poderão ver a colisão. Já na África do Sul, o telescópio SMARTnet promete contribuir para as observações, junto do telescópio Watcher e um observatório no Catar.

A ESA alerta, no entanto, para as expectativas das imagens do grande momento. “O que devemos ver com telescópios em solo é um ponto no céu que deve sofrer um aumento súbito de brilho”, escreveram, em um comunicado. O instante do impacto será uma etapa crítica, que deverá acontecer subitamente. Como os astrônomos não sabem exatamente o quanto mais o asteroide vai brilhar, fica mais difícil calibrar os instrumentos.

“Os modelos preveem que o evento vai acontecer em dois minutos, e é importante capturarmos isso conforme as propriedades do momento do impacto nos dão informações sobre ele, como um todo”, disse Dora Föhring, astrônoma da ESA. Mesmo assim, as imagens devem conter dados importantes sobre a colisão. “Quanto mais material for ejetado do asteroide, maior a quantidade de material disponível para refletir a luz solar, aumentando o brilho no céu”, acrescentou Föhring.

Fonte: ESA