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Missão Chang'e 5 é estendida e orbitador agora vai estudar o Sol

Por| 21 de Dezembro de 2020 às 22h00

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Xinhua/Jin Liwang
Xinhua/Jin Liwang

A missão Chang'e 5, cujo objetivo (concluído com sucesso) era trazer amostras da Lua à Terra, ganhou uma sobrevida. A China acaba de decidir que o orbitador da missão continuará trabalhando, desta vez para estudar o Sol, mas sem sair da órbita da Terra para isso.

O orbitador fará algumas manobras para se posicionar em um Ponto de Lagrange, que é um ponto gravitacionalmente estável entre nosso planeta e a estrela do Sistema Solar; ou seja, a nave ficará paradinha ali. Esses pontos ocorrem nos locais exatos onde as forças gravitacionais envolvidas cancelam a aceleração centrípeta.

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Essa nave deixou a órbita lunar no dia 12 de dezembro, trazendo a cápsula de retorno, com as amostras lunares, à Terra. As duas naves se separaram a 5 mil quilômetros de altitude no dia 16 de dezembro, quando a cápsula reentrou em nossa atmosfera, pousando com pouco mais de 1,7 quilo de amostras lunares. Enquanto isso, para se manter ao redor da Terra, o orbitador fez uma propulsão e, a partir de agora, será levado ao ponto — que pode ser o L1, o L4 ou o L5, de acordo com o que estimam especialistas da indústria.

Hu Hao, designer-chefe do programa espacial chinês, disse à imprensa local que o orbitador da Chang'e 5 tem mais de 200 quilos de propelente restantes, suficiente para manobras futuras e para estender sua missão. E como ele é equipado com uma câmera, poderá tirar fotos para auxiliar os cientistas na análise dos dados coletados.

Vale lembrar que outras naves das missões Chang'e também tiveram suas missões estendidas. A Chang'e 2, que orbitou a Lua para mapeá-la em 2010, depois vou levada ao Ponto de Lagrange L2, e em seguida fez um sobrevoo pelo asteroide 4179 Toutatis. Já o orbitador da Chang'e 3, depois de finalizar sua missão lunar, ficou no ponto L2 para tirar fotos da Terra e da Lua.

Fonte: Spacenews