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James Webb encontra galáxias ao redor de quasar de 11,5 bilhões de anos

Por| Editado por Patricia Gnipper | 20 de Outubro de 2022 às 13h01

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ESA/Webb, NASA & CSA, D. Wylezalek, A. Vayner, the Q3D Team
ESA/Webb, NASA & CSA, D. Wylezalek, A. Vayner, the Q3D Team

Uma equipe internacional de astrônomos liderada por Dominika Wylezalek, astrônoma da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, encontrou um aglomerado de galáxias massivas ao redor do quasar SDSS J165202.64+172852.3. A descoberta foi fruto de observações do telescópio James Webb, que revelaram o quasar formado no universo primordial, há cerca de 11,5 bilhões de anos.

Este quasar é considerado um dos mais poderosos já observados a uma distância tão grande, sendo descrito como um buraco negro em formação. “Acreditamos que algo dramático está prestes a acontecer nestes sistemas”, disse o coautor Andrey Vayner. “A galáxia está no momento perfeito em sua vida, prestes a se transformar e ficar diferente em alguns bilhões de anos”, disse.

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Os quasares são tipos de núcleos galácticos ativos (AGN), regiões compactas no coração das galáxias. Eles são alimentados pelo gás devorado por buracos negros supermassivos, e emitem radiação eletromagnética o suficiente para ofuscar o brilho das demais estrelas da galáxia.

Normalmente, os AGNs emitem luz em todos os comprimentos de onda — mas este, especificamente, faz parte de um grupo de núcleos extremamente vermelhos. Como a luz dele foi desviada para o vermelho devido à grande distância, o objeto excelente para estudos com o telescópio James Webb, por ser altamente sensível a comprimentos de onda do infravermelho.

A região já havia sido observada com os telescópios Hubble e Gemini Norte, que revelaram o quasar e sugeriram a existência de galáxias ali. Agora, Webb revelou pelo menos três delas se movendo ao redor do quasar a velocidades impressionantes, que sugerem a presença de uma massa altíssima por lá. “Nem mesmo um nó denso de matéria escura é suficiente para explicar isso”, disse Wylezalek.

A equipe sugere que a região abriga dois halos massivos de matéria escura, em processo de fusão. Agora, eles vão trabalhar em novas observações do aglomerado para tentar entender como um agrupamento de galáxias tão denso se formou no universo primordial, e como este processo é afetado pelos buracos negros supermassivos no interior delas.

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O artigo com os resultados do estudo será publicado na revista Astrophysical Journal Letters e pode ser acessado no repositório arXiv, sem revisão de pares.

Fonte: arXiv; Via: ESA, Webb, JHU