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Fotos da atividade de buraco negro supermassivo revelam um fenômeno misterioso

Por| Editado por Patricia Gnipper | 21 de Fevereiro de 2022 às 17h50

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ESO / Juneau et al.
ESO / Juneau et al.

Novas imagens impressionantes do centro da galáxia NGC 7582 revelaram a atividade nos arredores de um buraco negro supermassivo, com fluxos de energia redirecionados para longe do resto da galáxia por um “vento”. A pesquisa pode trazer uma nova ciência a respeito dos centros galácticos ativos.

Capturadas com o Very Large Telescope (VLT), as imagens surpreendem por causa de um vento — que, na verdade, trata-se de um movimento visível em um determinado comprimento de onda de luz, empurrando os fluxos para longe da galáxia espiral.

À medida que o buraco negro supermassivo “suga” matéria da sua vizinhança imediata (gás, poeira, ou até mesmo estrelas), os fluxos de energia são liberados pelo material altamente aquecido, acelerado e transformado em plasma.

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Este processo resulta em enormes quantidades de energia e ventos poderosos no ambiente ao redor do buraco negro. Ainda que isso ocorra apenas no núcleo da galáxia, os efeitos causam impacto em toda a formação, e até mesmo o espaço intergaláctico.

Nas imagens, os cientistas obtiveram elementos como oxigênio (azul), nitrogênio (verde) e hidrogênio (vermelho) para compor uma única imagem colorida. Os elementos ionizados mais pesados ​​podem ser vistos em forma de cone ao redor do buraco negro, representando bem o fluxo de energia. Já o vermelha mostra onde estão as regiões de formação de estrelas da galáxia.

O que chamou a atenção da equipe é que os ventos parecem isolados das regiões de formação estelar, como se algo estivesse protegendo os “berçários” de estrelas dos fluxos violentos do buraco negro. Em outras palavras, eles não atrapalham o nascimento de novas estrelas. Os cientistas ainda não sabem exatamente porque isso acontece.

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Essa descoberta é fascinante, porque, se o mecanismo for encontrado em outros centros ativos de galáxias, pode ser o foco de estudos e uma nova ciência poderia surgir para complementar os modelos teóricos desses objetos.

O estudo foi publicado no Astrophysical Journal.

Fonte: ESO; via: Universe Today