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Ingenuity faz 29º voo em Marte mesmo após perder um de seus sensores de direção

Por| Editado por Rafael Rigues | 16 de Junho de 2022 às 11h45

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech
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O helicóptero Ingenuity, da NASA, realizou seu 29° voo em Marte no fim de semana passado. É a primeira vez que a pequena aeronave decola após perder um sensor de direção, equipamento fundamental para os voos.

A aeronave se manteve no ar por 66,6 segundos, percorrendo uma distância de 179 metros a uma velocidade de 5,5 m/s, em direção ao sudoeste da cratera Jezero para ficar mais próximo do rover Perseverance.

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Há alguns dias, a equipe da missão observou que quantidades crescentes de poeira combinadas com temperaturas diurnas mais baixas e dias mais curtos estão reduzindo a produção de energia do helicóptero, que passou a ser desligado durante a noite. No entanto, esta operação oferece grande risco aos componentes, que não foram projetados para sobreviver a tamanho frio: a temperatura interna da aeronave cai para 112 °C negativos.

Inclinômetro simulado

Recentemente, enquanto a equipe realizava uma série de verificações na aeronave antes de um novo voo, ela notou que um inclinômetro parou de funcionar. Para voar em Marte, o Ingenuity se vale de três sensores: uma unidade de medida inercial (IMU), que mede acelerações e inclinação em três eixos; um telêmetro a laser, que mede a distância até o chão; e uma câmera de navegação, que faz fotos do solo abaixo.

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Os dados de todos estes sensores são processados por algoritmos no computador de navegação do helicóptero. Mas, para que estes algoritmos funcionem, eles precisam de uma estimativa de atitude e inclinação do Ingenuity. E a inclinação é fornecida pelo inclinômetro, parte da IMU, que parou de funcionar.

O Ingenuity não precisa do inclinômetro em si para voar, mas, sem ele, seria preciso encontrar outra maneira de inicializar os algoritmos de navegação antes da decolagem. Felizmente a equipe conseguiu fazer uso criativo da IMU para fornecer os dados que faltam, permitindo que o helicóptero remote os vôos.

Fonte: NASA