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Indígenas norte-americanos nomeiam o 1º asteroide descoberto na órbita de Vênus

Por| Editado por Rafael Rigues | 13 de Junho de 2022 às 14h30

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech

Um asteroide descoberto pelo Observatório Palomar da Caltech foi batizado pelo povo nativo Pauma que habita a região de San Diego, na Califórnia, próxima ao observatório. Membros indígenas participaram da cerimônia em 7 de junho para celebrar este que também foi o primeiro asteroide descoberto no interior da órbita de Vênus.

O asteroide foi encontrado em 2020 pela Zwicky Transient Facility (ZTF), responsável por operar o Observatório Palomar. Ao nomeá-lo, a equipe da ZTF, decidiu consultar o povo Pauma, cujas terras ancestrais incluem a região montanhosa onde está o observatório. O grupo indígena escolheu 'Ayló'chaxnim, que significa “garota de Vênus” na língua do povo nativo Luiseño, ao qual os Pauma pertencem. A cerimônia incluiu bençãos e canções tradicionais do povo nativo, bem com a leitura de um poema chamado Luiseño Songs of the Seasons.

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No evento, Jonas Zmuidzinas, professor de física do Caltech, disse ao povo Pauma que o estudo sistemático do céu noturno é uma busca muita antiga e que seus ancestrais eram habilidosos em estudar o céu para desenvolver calendários, marcar estações e encontrar os caminhos nas viagens. Zmuidzinas acrescentou que os ancestrais do povo Pauma foram os primeiros astrônomos de Palomar. Tom Prince, professor de física do Caltech, ofereceu uma explicação sobre a origem do asteroide batizado: um encontro com algum planeta provavelmente o lançou para a órbita de Vênus.

Conhecimento ancestral

A partir de agora, qualquer asteroide que for descoberto na órbita de Vênus pertencerá à família de asteroides 'Ayló'chaxnim, já que os nomes oficiais das famílias derivam do primeiro objeto encontrado. A ZTF queria que o povo Pauma nomeasse o asteroide como uma “celebração de sua linguagem, história e conexão com o céu noturno”.

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Para a diretora do centro educacional do povo Pauma, Jessica Petri, a nomeação do asteroide e as atividades relacionadas inspirarão as crianças Pauma a aprender mais sobre ciência. "Este evento irá expor as crianças ao incrível observatório em seu quintal", acrescentou Petri.

Os Pauma são uma das seis tribos nativas presentes na região de San Diego que pertencem ao povo Luiseño. Patti Dixon, professora de Estudos Indígenas Americanos, ressaltou que: "o movimento das estrelas e Vênus também fazem parte de nossas tradições".

Está não é a primeira vez que os Pauma participam da escolha dos nomes oficias de objetos espaciais. Em 2009, Jean Mueller, operadora de telescópio aposentada do Observatório Palomar, trabalhou com o povo Pauma para nomear três asteroides descobertos por ela.

Todos os nomes foram escolhidos para homenagear os desuses Luiseño, são eles: Tukmit (Pai Céu), Tomaiyowit (Mãe Terra) e Kwiila (Carvalho Negro).

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Fonte: Caltech