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Grupo de galáxias caindo em aglomerado ganha cauda gigantesca

Por| Editado por Patricia Gnipper | 06 de Junho de 2023 às 00h00

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NASA/SAO/MS Mirakhor et al./XMM-Newton/SDSS/N. Wolk
NASA/SAO/MS Mirakhor et al./XMM-Newton/SDSS/N. Wolk

Um grupo de galáxias está “caindo” em um enorme aglomerado de galáxias chamado Coma, deixando uma cauda de gás para trás. Ao estudar a estrutura, os astrônomos esperam conhecer melhor como milhares de galáxias unidas pela gravidade evoluem.

O grupo NGC 4839 (este é o nome de uma galáxia individual, mas os astrônomos também usam para se referir ao grupo que ela pertence) fica perto de onde começa o aglomerado Coma, um dos maiores conhecidos no universo.

As observações do telescópio de raios-X Chandra revelam uma cauda de gás atrás do NGC 4839, formada à medida que o grupo se desloca em direção ao centro do aglomerado Coma. Com 1,5 milhão de anos-luz de comprimento, essa cauda é muito maior que nossa galáxia, a Via Láctea.

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Esse tamanho espetacular não é exatamente comum em formações como essa — na verdade, os astrônomos confirmaram que essa é a maior cauda conhecida formada por um grupo de galáxias. Com ela, os cientistas podem entender melhor como os aglomerados galácticos, as maiores estruturas do universo, se formam e evoluem.

Muitas coisas incríveis estão acontecendo por lá: por exemplo, o NGC 4839 está viajando a quase 5 milhões de quilômetros por hora pelas redondezas do aglomerado Coma. Essa velocidade foi calculada graças à detecção de uma onda de choque no gás à frente do grupo de galáxias.

Além disso, os pesquisadores também encontraram uma certa turbulência no gás da cauda, que poderia causar alguns distúrbios interessantes, mas em quantidade baixa o suficiente para uma baixa transferência de calor no NGC 4839. O campo magnético do grupo também é baixo, o que ficou evidenciado pelas estruturas conhecidas como instabilidades de Kelvin-Helmholtz.

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Um dia, o brilho da cauda vai se dissipar, à medida que se misturar com o gás quente do aglomerado, mas esse momento deve demorar bastante para chegar. Até lá, os astrônomos terão a oportunidade de estudá-la mais detalhadamente para desvendar como as maiores estruturas conhecidas interagem entre si.

O artigo foi aceito para publicação na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Fonte: NASA