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Grandes pedaços de lixo espacial se aproximaram e por pouco não colidiram

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DOTTEDHIPPO/GETTY IMAGES
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Na quinta-feira (15), dois grandes pedaços de lixo espacial estavam em rota de colisão à velocidade de 52.950 km/h, e era esperado que eles se chocassem durante a noite. O impacto entre o que restou do antigo satélite soviético Soviet Parus e do propulsor de um foguete chinês parece não ter acontecido por pouco, e a LeoLabs, empresa que rastreia detritos espaciais, vai realizar coletar novos dados se certificar que não há novos detritos em órbita, que teriam sido gerados pelo impacto. 

A LeoLabs havia previsto que os dois objetos passariam a apenas 12 metros de distância do outro, o colocava as chances de colisão acima de 10% e, felizmente, eles não parecem ter se atingido, já que, se tivessem colidido, teriam gerado uma nuvem de detritos que poderia atingir outros satélites. "Com a colisão, as partes dos detritos acabam em órbitas elípticas em que elas cruzam várias altitudes", explica John McDowell, astrônomo e rastreador de satélites do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics. Isso é preocupante, porque esses pedaços não estão em rotas seguras. 

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Mesmo assim, existem vários objetos em trajetórias cuja colisão não pode ser evitada. No caso do satélite e do que restou do propulsor, a colisão poderia ter causado um fenômeno chamado de Síndrome de Kessler, onde os detritos do impacto começam a atingir outros satélites e iniciam uma espécie de efeito dominó de destruição. McDowell ressalta que essas colisões são mais raras atualmente: "tipicamente, você teria alguma propulsão no satélite para que no fim da missão seja possível diminuir a órbita o suficiente para que ele reentre e caia no mar ou se queime". 

Geralmente, passagens próximas assim costumam ocorrer uma ou duas vezes por ano, e as colisões acontecem cerca de uma vez por década. Entretanto, com cada vez mais satélites em órbita, é possível que o número de colisões aumente. "A não ser que tomemos providências, o problema vai piorar", finaliza ele. De qualquer forma, é certo que os detritos orbitais representam um problema preocupante, porque podem atingir naves, satélites e colocar em risco a segurança de astronautas. Existem algumas iniciativas para buscar alguma solução para o problema, como a Gateway Earth Development Group (GEDG) que faria uma espécie de limpeza no espaço.

Fonte: NewsScientist