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Galáxia devora vizinhas e se torna completamente solitária

Por| Editado por Patricia Gnipper | 13 de Março de 2023 às 19h23

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NASA/CXC/V. Missaglia//STScI/Gemini Observatory/NOIRLab/
NASA/CXC/V. Missaglia//STScI/Gemini Observatory/NOIRLab/

Você já se sentiu sozinho no universo? Pois saiba que a galáxia 3C 297, localizada a mais de 9 bilhões de anos-luz de distância da Terra, entende perfeitamente como é essa sensação. Afinal, ela está realmente sozinha no cosmos, sem nenhuma galáxia vizinha — pois devorou todas elas.

Apesar de solitária, a 3C 297 não é silenciosa: trata-se de um quasar, ou seja, possui um buraco negro supermassivo ativo em seu núcleo, se alimentando de matéria e transformando parte dela em dois jatos relativísticos (a velocidade próxima à da luz).

Como consequência da atividade do buraco negro, o quasar emite uma enorme quantidade de radiação na forma de ondas de rádio e raios-X, permitindo a observação por meio de radiotelescópios. E foi assim que a NASA detectou a galáxia solitária, usando seu telescópio de raios-X Chandra.

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Além disso, ela tem algumas milhares de “vozes na cabeça”: ao observar a galáxia, os pesquisadores encontraram uma estrutura gigantesca com centenas ou mesmo milhares de galáxias individuais, além de grande abundância de gás aquecido a milhões de graus.

Eles também descobriram que um dos jatos do quasar se dobrou ao interagir com o ambiente ao redor, enquanto o outro se chocou contra o gás ao seu redor e formou um “ponto quente” de raios-X.

Segundo os cientistas, essas são características típicas de um aglomerado de galáxias, embora a 3C 297 seja apenas uma galáxia. Uma possível explicação é que ela seja um “grupo fóssil”, isto é, um estágio de evolução galáctica em que uma delas está se aproximando e se fundindo com outras.

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Caso essa hipótese se confirme, a 3C 297 será o grupo fóssil mais distante já encontrado. Antes disso, no entanto, os pesquisadores não podem descartar a possível presença de galáxias anãs ali por perto.

O artigo sobre as descobertas foram publicados no The Astrophysical Journal.

Fonte: NASA