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Galáxia descoberta nos arredores de Andrômeda é “fóssil” do universo jovem

Por  • Editado por  Rafael Rigues  | 

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Gemini/NOIRLab/NSF/AURA/T.A. Rector/M. Zamani/D. de Martin
Gemini/NOIRLab/NSF/AURA/T.A. Rector/M. Zamani/D. de Martin

Com a ajuda de um astrônomo amador, pesquisadores descobriram uma galáxia anã ultra fraca nos arredores da grande galáxia de Andrômeda. De acordo com os estudos, a galáxia, batizada como Pegasus V, pode fornecer pistas sobre as primeiras estrelas a surgirem no universo.

Quando análises da composição química de uma estrela ou galáxia revelam poucos elementos metálicos (na astronomia, metais são qualquer elemento além do hidrogênio e hélio), significa que esses objetos são muito antigos. Afinal, os demais elementos só começaram a povoar o universo após a explosão de muitas supernovas.

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Este é o caso da galáxia Pesasus V, encontrada nos dados de arquivos processados ​​pelo Centro de Dados e Ciência Comunitária da NSF NOIRLab. Com as análises através do Observatório Internacional Gemini, os cientistas perceberam que há poucos elementos metálicos por lá. Em outras palavras, esta galáxia anã é um “fóssil” das primeiras galáxias do universo.

Isso torna essa descoberta muito mais interessante — e importante! É que galáxias antigas como essa podem ajudar os astrônomos a compreender melhor como as primeiras estrelas do universo se formaram. As previsões teóricas são de que o cosmos esteja repleto de galáxias como esta, mas, até agora, poucas foram encontradas.

O problema para detectar galáxias como esta é a própria natureza tênue do brilho de suas estrelas. Por sorte, Pegasus V está próxima de nós o suficiente para ser vista como uma pequena mancha nas bordas de Andrômeda, mas a busca por objetos semelhantes é um grande desafio.

Em breve, instrumentos mais sofisticados, como o Telescópio Espacial James Webb e o Observatório Vera C. Rubin, poderão procurar objetos como Pegasus V em regiões muito mais amplas. Se essas galáxias “anciãs” não forem numerosas como prevê a teoria, os pesquisadores precisarão rever a compreensão atual sobre a cosmologia e a matéria escura.

O artigo que descreve a descoberta foi aceito para publicação no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society e está disponível no arXiv.org.

Fonte: NOIRLab