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Galáxia de Andrômeda sofreu grande "migração" de estrelas

Por| Editado por Patricia Gnipper | 08 de Fevereiro de 2023 às 16h04

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KPNO/NOIRLab/AURA/NSF/T.A. Rector/D. de Martin/M. Zamani
KPNO/NOIRLab/AURA/NSF/T.A. Rector/D. de Martin/M. Zamani

Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu novas evidências de estrelas indo a Andrômeda, a vizinha galáctica mais próxima da Via Láctea, através de uma “migração em massa”. O padrão de movimento delas mostra um histórico de imigração bastante parecido com aquele observado na Via Láctea.

As galáxias crescem e evoluem ao longo de bilhões de anos, formando novas estrelas e se fundindo com outras pela chamada “imigração galáctica”. Os astrônomos tentam estudar estes eventos através do movimento de estrelas individuais pela galáxia, além de seu halo de estrelas e matéria escura. Até então, esta "arqueologia espacial" foi possível somente na Via Láctea.

Para o novo estudo, os pesquisadores investigaram uma grande imigração estelar ocorrida em Andrômeda por meio do movimento de quase 7.500 estrelas no halo dela. Eles trabalharam com dados do instrumento Dark Energy Spectroscopic Instrument (DESI), desenvolvido para mapear dezenas de milhares de galáxias e quasares, e identificaram ali padrões na posição e movimento das estrelas. Estes padrões mostraram como elas começaram suas “vidas” em outra galáxia que, depois, se fundiu com Andrômeda.

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Estes padrões já foram previstos em teorias, mas, até então, não foram observados com clareza nas galáxias. “Nunca havíamos visto isso com tanta clareza no movimento das estrelas, e nem algumas das estruturas que resultam destas fusão”, observou Sergey Koposov, astrofísico e coautor do estudo.

Além de revelar mais sobre o passado da nossa vizinhança galáctica, o estudo ajuda também na compreensão da Via Láctea. Como a maioria das estrelas do halo dela foram formadas em outra galáxia e, depois, migraram para cá, os estudos das relíquias de uma fusão parecida e mais recente ajuda os astrônomos a entender como este processo aconteceu na Via Láctea.

Agora, os pesquisadores querem continuar explorando as estrelas de Andrômeda para entender melhor a estrutura e migração delas com detalhes sem precedentes. “É incrível como podemos olhar o céu e ler bilhões de anos da história de outra galáxia escritos nos movimentos das suas estrelas; cada estrela conta parte da história”, finalizou o coautor Joan R. Najita.

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O artigo com os resultados do estudo será publicado na revista The Astrophysical Journal, e pode ser acessado no repositório online arXiv, sem revisão de pares.

Fonte: arXivNOIRLab