Publicidade

Foto da ISS mostra estação passando em frente a grande região escura na Lua

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  |  • 

Compartilhe:
Andrew McCarthy/@AJamesMcCarthy/X
Andrew McCarthy/@AJamesMcCarthy/X

O astrofotógrafo Andrew McCarthy capturou novas imagens impressionantes, que mostram detalhadamente a Estação Espacial Internacional (ISS) passando em frente à Lua. Ele divulgou a imagem em uma publicação no X, o antigo Twitter.

“Estou maravilhado em compartilhar a foto com a maior aparência de ficção científica que já capturei: aqui está a Estação Espacial Internacional contra o fundo de Oceanus Procellarum na Lua”, escreveu ele, na publicação.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Em outra postagem, o astrofotógrafo trouxe um vídeo que mostra o trânsito do laboratório orbital pelo disco lunar — que, claro, foi desacelerado para permitir a observação do movimento:

Para aumentar as chances de conseguir as fotos, Andrew precisou usar dois telescópios operando de forma independente. "No momento, eu perco quase metade destas fotos que tento [tirar], então usar dois telescópios ajuda a eliminar variáveis", explicou. A foto final foi produzida com imagens capturadas pelos dois instrumentos, proporcionando grande riqueza de detalhes.

"A maioria dos trânsitos da ISS acontece com a estação em silhueta contra a Lua/Sol, então capturá-los [os trânsitos] iluminados assim é raro", acrescentou ele. Na astronomia, dizemos que um trânsito ocorre quando um objeto passa em frente a outro, maior e mais distante, na perspectiva do observador.

Mesmo desacelerado, o movimento da ISS no vídeo ainda é bastante rápido, afinal, o laboratório orbital se move ao redor da Terra a 28 mil km/h, a cerca de 400 km de altitude. A velocidade é tanta que a estação completa uma órbita ao redor da Terra a cada 90 minutos, o que faz com que os astronautas a bordo vejam o Sol nascer e se pôr 16 vezes por dia.

Nas imagens, o laboratório parece sobrevoar Oceanus Procellarum, a área escura que se estende por mais de 2.500 km. A região também é conhecida como Oceano das Tormentas, e teorias antigas sobre sua formação sugeriam que o local foi formado pelo impacto de um asteroide. Estudos mais recentes apontam que, na verdade, ela nasceu de processos ocorridos sob a superfície lunar.

Em 2021, a missão Chang’e 5, da China, trouxe à Terra amostras obtidas de Oceanus Procellarum. Ao analisar o material, cientistas descobriram que as rochas têm cerca de 1,9 bilhões de anos, o que indica que a atividade vulcânica na Lua foi mais duradoura do que se pensava.