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Formações geológicas de Plutão recebem o nome de mulheres pioneiras da aviação

Por| Editado por Patricia Gnipper | 25 de Outubro de 2021 às 19h40

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NASA, Johns Hopkins Univ./APL, Southwest Research Inst.
NASA, Johns Hopkins Univ./APL, Southwest Research Inst.
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Durante a década de 1920, Bessie Coleman se tornou a primeira mulher afro-americana estadunidense a conseguir uma licença de piloto. 60 anos depois, Sally Ride voou a bordo do ônibus espacial Challenger e se tornou a primeira mulher norte-americana a ir ao espaço. Agora, essas duas pioneiras da aviação receberam uma bela homenagem: recentemente, a International Astronomical Union (IAU) aprovou a designação dos nomes delas a duas grandes formações geológicas presentes em Plutão. 

A ideia veio dos membros da missão New Horizons, que sugeriram os nomes delas conforme a tradição de homenagear pioneiros entraram para a história ao cruzar novos horizontes na exploração da Terra, do mar e do céu. “Sally Ride e Bessie Coleman foram separadas por gerações, mas estão conectadas para sempre por suas grandes conquistas, que abriram as portas para mulheres e meninas em todo o mundo", disse Bill Nelson, administrador da NASA

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Sally voou com o ônibus espacial Challenger em junho de 1983 e, além de se tornar a primeira norte-americana a ir ao espaço, ela conseguiu também o título de estadunidense mais jovem a alcançar este feito, já que tinha apenas 32 anos na época. Ela esteve a bordo do Challenger novamente em 1984 e, depois, focou sua carreira na educação e no incentivo das novas gerações de cientistas e astronautas. Ride fez história também por ser a primeira astronauta publicamente reconhecida como membro da comunidade LGBQT. 

Ela morreu em 2012, aos 61 anos, e hoje seu nome designa um grande penhasco próximo da parte inferior do “coração” de Plutão. Assim, “Ride Rupes” é uma das maiores e mais altas escarpas tectônicas do planeta-anão, estendendo-se por 3 km de altura e 250 km de extensão. “Sally amava a exploração espacial”, disse Tam O’Shaughnessy, parceira de Sally durante 27 anos. “Ela iria adorar estar na Lua — ou em Plutão — pela honra de dar seu nome a Ride Rupes”, comentou. 

Já Coleman abriu o caminho para mulheres e pessoas negras entrarem na aviação. Como as escolas instrutoras dos Estados Unidos não aceitavam mulheres ou negros na época, ela foi à França para conseguir sua licença de aviadora e ficou famosa por suas acrobacias no céu. Durante sua vida, Coleman se recusou a fazer discursos em qualquer lugar que houvesse discriminação contra negros nos Estados Unidos e incentivou as mulheres negras do país a aprenderem a voar. Ela morreu em 1926, aos 32 anos, quando seu co-piloto perdeu o controle do avião durante um teste de voo.

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Agora, o nome dela foi dado a “Coleman Mons”, uma montanha de Plutão. Trata-se de uma região única de vulcões congelados, que têm cor escura e parecem fluir sobre um terreno mais antigo, o que sugere que este seja um dos domos vulcânicos mais jovens criados por lá. “É incrível homenagear essas mulheres incríveis, que estiveram no front da exploração, com estruturas geológicas no limite do Sistema Solar clássico”, comentou Kelsi Singer, cientista principal de projeto da New Horizons, que sugeriu os nomes.

Fonte: The Johns Hopkins University