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Foguete indiano cai logo após o lançamento e satélite acaba destruído

Por| Editado por Patricia Gnipper | 12 de Agosto de 2021 às 12h20

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ISRO
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Nesta última quarta-feria (11), a Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO, sigla em inglês) lançou o satélite EOS-3 a bordo do foguete indiano GSLV Mk II, por volta das 21h13 (horário de Brasília), a partir do Centro Espacial de Satish Dhawan (costa leste da Índia). No entanto, cerca de cinco minutos após o lançamento, a ISRO informou uma falha técnica no estágio superior, que não acendeu. Tanto o foguete quanto a carga útil foram destruídos.

De acordo com a ISRO, o estágio criogênico do lançador não acendeu por conta de uma “anomalia técnica”. Uma animação do desempenho do estágio superior do GSLV revelou que o foguete saiu de controle quando o motor movido a hidrogênio não acendeu. Assim, a nave não alcançou a velocidade suficiente para colocar o satélite em órbita da Terra. “A missão não pôde ser cumprida como planejado”, acrescentou a ISRO. O GSLV Mk II estava a uma altitude de 140 km e a uma velocidade aproximada de 4,8 km/s, bem abaixo da velocidade necessária.

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Se algum pedaço do satélite ou da carga sobreviveram à reentrada na atmosfera, provavelmente caíram sobre o Mar de Andaman, a oeste da Tailândia, conforme explicou Jonathan McDowell, astrofísico e especialista em atividades de voos espaciais. O terceiro estágio do GSLV Mk II é alimentado por hidrogênio líquido bem frio e propelentes de oxigênio líquido. Além disso, o estágio conta com um motor principal e dois outros auxiliares, projetados para produzir cerca de 7.484,27 kg de empuxo. Se tudo tivesse dado certo, ele dispararia durante 13 minutos para, então, colocar o satélite EOS-3 em órbita.

O satélite em questão estava equipado com um grande telescópio para observar o subcontinente indiano em uma órbita geoestacionária a mais de 36 mil km acima da linha do Equador. O telescópio foi projetado para fazer registros fotográficos de toda a região em intervalos de meia hora. Além disso, o sistema de imagem do EOS-3 também tiraria imagens em larguras de banda visível, infravermelho próximo e de ondas curtas, destinado a acompanhar o crescimento e a saúde de plantações e florestas, bem como mudanças em sistemas d’água e mais.

Mas o principal objetivo do EOS-3 era atuar como uma ferramenta de resposta rápida em relação aos desastres naturais. Ele foi o primeiro de uma série de satélites geoestacionários de imagens da Terra desenvolvido pela Índia. O programa espacial indiano já sofre uma série de atrasos em seu cronograma de missões, provocados, em grande parte, pela pandemia de COVID-19. No ano passado, o país lançou apenas duas missões orbitais, por exemplo. A tentativa de lançamento desta quarta-feira foi a segunda deste ano. A primeira, lançada com sucesso, foi o foguete PSLV-C51, em fevereiro.

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A ISRO também está desenvolvendo a espaçonave Gaganyaan, destinada a levar os astronautas do país à órbita da Terra, mas, por conta de uma série de paralisações relacionadas à pandemia, esta é mais uma missão com data de lançamento adiada. Apesar disso, a Índia segue com seus planos e deve realizar seu primeiro voo espacial tripulado em 2023.

Fonte: Spaceflight Now