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Movimento de faixas coloridas em Júpiter tem a ver com campo magnético

Por| Editado por Patricia Gnipper | 22 de Maio de 2023 às 16h48

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NASA, ESA, A. Simon, M.H. Wong
NASA, ESA, A. Simon, M.H. Wong

O mistério por trás das mudanças nas faixas coloridas que envolvem Júpiter parece ter sido resolvido. As fotos do planeta mostram que Júpiter tem cinturões que parecem se mover e mudar constantemente e, agora, os cientistas suspeitam que ondulações do campo magnético do planeta esteja por trás destas dinâmicas.

Chris Jones, um dos autores do novo estudo, descreve que tais faixas são formadas por nuvens que se movem a leste e oeste de forma alternada, empurradas por ventos fortes. “As cores dos cinturões podem mudar, e às vezes você vê mudanças globais quando o padrão meteorológico fica 'maluco' por um tempo, e o motivo disso é um mistério”, disse.

Os cientistas já sabiam que as mudanças da aparência de Júpiter têm relação com algumas variações visíveis na luz infravermelha, originadas a cerca de 50 km abaixo da superfície do planeta. Agora, os dados da missão Juno, que orbita Júpiter desde 2016, mostraram que elas podem vir de ondulações causadas pelo campo magnético.

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A Juno estuda Júpiter há tanto tempo que os pesquisadores conseguiram dados dos campos magnéticos jovianos por um longo período. Assim, ao analisá-los ao longo de alguns anos, eles detectaram ondulações e oscilações, e conseguiram seguir o Grande Ponto Azul, um ponto magnético específico no planeta.

Segundo Jones, o campo magnético dos planetas pode ter as chamadas oscilações torsionais, que são movimentos como os das ondas. “O mais interessante é que, quando calculamos os períodos destas oscilações torsionais, elas corresponderam aos períodos que você vê na radiação infravermelha de Júpiter”, disse.

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O ponto em questão está viajando na direção leste, mas os dados mais recentes mostraram que ele está desacelerando. Para os pesquisadores, isso significa o início de uma oscilação: o movimento está ficando mais lento porque vai ser revertido, e quando isso acontecer, ele vai começar a seguir na direção oeste.

O processo pode ser a explicação por trás das mudanças observadas nas faixas de Júpiter, mas ainda é necessário investigá-lo mais profundamente. “Ainda sobraram perguntas e incertezas, particularmente sobre como exatamente a oscilação de torção produz a variação observada no infravermelho, que provavelmente reflete as dinâmicas complexas e reações às nuvens e aerossóis”, acrescentou Kumiko Hori, autor que liderou o estudo.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Nature Astronomy.

Fonte: Nature Astronomy; Via: University of Leeds