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Explosão solar "canibal" deve formar auroras na terça (30)

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surangaw/Envato
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Auroras boreais devem aparecer nos Estados Unidos, Europa e sul da Austrália nesta terça (30). O motivo são as várias ejeções de massa coronal (CME) disparadas por nosso Sol nos últimos dias, que enviaram grandes nuvens de plasma em direção ao nosso planeta

Além das CMEs, explosões de classe M (intensidade média) e uma de classe X (intensidade alta) ocorreram no Sol — isso somente nas últimas 24 horas! Estes fenômenos acontecem na superfície solar, e disparam partículas eletricamente carregadas que podem causar blecautes de ondas de rádio.

As partículas das CMEs podem causar tempestades geomagnéticas quando alcançam o campo magnético da Terra. Elas também são responsáveis pelas auroras boreais e austrais: as partículas do fenômeno atingem o campo magnético terrestre e são direcionadas aos polos, onde interagem com moléculas atmosféricas e emitem luz.

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Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), pelo menos quatro das CMEs liberadas nos últimos dias seguem rumo ao nosso planeta. Elas devem chegar entre terça (30) e quinta (1º) e devem causar uma tempestade de nível G3, considerado forte. 

"Nossa modelagem mais recente — conforme mostrado nesta animação — indica que a atmosfera externa da Terra pode começar a sentir os impactos das ejeções de massa coronal recentes por volta das 3h às 12h de 30 de julho. Um alerta de [tempestade geomagnética de nível] G3 permanece para terça, com condições de uma tempestade G2 possíveis até 1 de agosto", escreveu a NOAA em uma publicação no X, o antigo Twitter.

O motivo disso é que as CMEs em questão são do tipo canibal. O fenômeno ocorre quando duas delas são emitidas separadas por intervalos relativamente curtos; se a segunda viajar mais rápido que a primeira, ela vai “engolir” a outra, formando uma grande onda de material solar viajando pelo espaço. 

No caso, o impacto das nuvens de partículas deve acontecer ainda na terça (30), formando auroras nos Estados Unidos mais ao sul que de costume. Se o impacto das partículas for na intensidade esperada, é possível que auroras sejam visíveis também na Inglaterra, em partes da Alemanha, Holanda e Bélgica.

Fonte: Phys.org, ScienceAlert