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Explosão de duas estrelas prevista para 2022 se torna um grande mistério

Por| Editado por Patricia Gnipper | 12 de Julho de 2021 às 13h27

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NASA/ESA/H.E. Bond
NASA/ESA/H.E. Bond

Em 2017, um grupo de pesquisadores publicou um artigo que prevê a explosão estelar de um sistema binário, evento que resultaria em algo conhecido como nova vermelha luminosa. Essa explosão acontece quando duas estrelas aproximam-se a tal ponto que a colisão é inevitável. O resultado é uma formação magnífica de coloração vermelha, cujo brilho persiste no infravermelho por meses. Porém, a previsão de 2017 pode não se concretizar.

Quando duas estrelas orbitam entre si, ao redor de um ponto gravitacional em comum, a força da gravidade pode eventualmente aproximar as duas estrelas. Nesse caso, elas farão movimentos espirais uma ao redor da outra, até que a proximidade crítica é alcançada, e uma colisão se torna inevitável. Ao se chocarem, as estrelas se fundem e produzem uma explosão intensa. Ao menos essa é a teoria.

A primeira vez que os astrônomos viram algo assim foi em 2002, quando o sistema binário formado pelas estrelas V4332 Sagittarii e V1309 Scorpii terminou com uma colisão que criou uma nova vermelha luminosa. Também conhecido como Nova Monocerotis 2002, o sistema atingiu magnitude visual máxima de 6,75 em 6 de fevereiro de 2002, e depois escureceu novamente. Em março, a estrela voltou a brilhar, e o ciclo se repetiu até que em 2003 só havia uma supergigante vermelha.

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No início, os cientistas pensavam estarem testemunhando uma nova, que acontecem quando uma anã branca (um remanescente de estrela "morta) em um sistema binário, ao lado de uma estrela da sequência principal ou uma gigante envelhecida, "suga" o material da companheira até iniciar um ciclo de fusão nuclear rápida descontrolada. O resultado é um envelope visto como luz visível ao redor da anã branca, por isso nos séculos passados isso era ​​confundido como uma "nova" estrela.

Entretanto, a Nova Monocerotis 2002 apresentou um comportamento diferente. A estrela brilhou cerca de um milhão de vezes a luminosidade solar e ganhou magnitude absoluta de -9,8 (o que é algo muito brilhante), tornando-se uma das estrelas mais luminosas da galáxia da Via Láctea. Como parece ser um evento difícil de se observar, os astrônomos estavam em grande expectativa para a próxima nova vermelha luminosa.

De acordo com a previsão de 2017, o próximo evento de nova vermelha luminosa seria proporcionado pelo sistema binário KIC 9832227, um binário cujo período de rotação em torno do ponto gravitacional em comum está diminuindo. A explosão seria em 2022, mas um erro de tempo foi descoberto e corrigido, anulando essa previsão. O "plot twist" veio quando o período aumentou e, recentemente, voltou a encurtar, o que é algo muito inusitado.

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É difícil saber o que vai acontecer com essa dupla de estrelas, mas ainda há chances de que o sistema exploda em uma nova vermelha luminosa. Infelizmente, isso provavelmente não acontecerá em 2022 e não há nenhuma nova previsão para quando o evento possa ocorrer.

Fonte: Starts With a Bang