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Explorar Netuno pode ser mais fácil com ajuda da lua Tritão

Por| Editado por Patricia Gnipper | 16 de Outubro de 2023 às 15h33

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech

Um dispositivo inflável pode ajudar cientistas a enviar sondas a Netuno, o planeta mais distante do Sol em nosso sistema. Em um novo estudo, pesquisadores da Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, sugerem que espaçonaves poderiam orbitar o planeta usando um desacelerador inflável e aproveitando a ajuda de Tritão, sua maior lua.

No estudo, os autores propõem usar um escudo térmico inflável, testado recentemente, para realizar uma manobra de frenagem aérea. Tal manobra é um método de desaceleração de espaçonaves e redução de velocidade orbital por meio do arrasto do ar de algum planeta ou atmosfera, permitindo economia de combustível.

Este procedimento já foi executado por diferentes missões planetárias, como aquelas enviadas a Saturno e Marte. Para colocá-lo em prática em Netuno, haveria algumas dificuldades: primeiro, a viagem até lá levaria cerca de 15 anos, e a atmosfera netuniana é bastante fina. Por isso, a força de arrasto seria mais modesta.

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Então, os autores sugerem aproveitar algumas características da lua Tritão. Como tem órbita retrógrada (se move ao redor de Netuno na direção oposta à da rotação do planeta), a velocidade relativa entre Tritão e a nave seria maior, aumentando o arrasto do ar. Além disso, a atmosfera por lá é mais densa que a da Terra.

Se um escudo térmico inflável for instalado na parte dianteira da nave, a atmosfera de Tritão poderia ajudá-la a diminuir a velocidade em aproximadamente 60% em uma só passagem. Com o procedimento, a nave poderia entrar em uma órbita estável ao redor de Netuno, economizando combustível.

A equipe reconhece que há incertezas e limitações nas análises do estudo, e indicam que mais estudos e testes são necessários para validar o conceito. Além disso, eles não especificam o tipo de missão para o qual esta ideia seria adequada.

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O artigo com os resultados do estudo foi publicado no repositório arXiv, sem revisão de pares.

Fonte: arXiv; Via: Phys.org