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Esta é a primeira imagem em alta resolução de uma mancha solar

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NSO/AURA/NSF
NSO/AURA/NSF

O Telescópio Solar Daniel K. Inouye (DKIST), criado para observar minuciosamente a estrutura na superfície do Sol e descobrir mais sobre as atividades de nossa estrela, divulgou sua primeira foto de uma mancha solar. Os detalhes da imagem mostram o potencial do observatório havaiano no estudo que tem como principal objetivo compreender melhor as tempestades solares.

Para que os cientistas saibam como prever essas tempestades, é necessário entender cada processo que leva a uma erupção de massa coronal, um fenômeno que ocorre nas regiões de intenso magnetismo ao redor das manchas solares. As manchas, por sua vez, são formadas pelo fluxo magnético principalmente nos momentos de maior atividade solar — quanto maior a atividade, mais manchas aparecem na superfície do Sol.

A mancha divulgada pela equipe do observatório foi fotografada em janeiro deste ano. Ela media mais de 16 mil km de largura e foi uma das primeiras do novo ciclo solar — cada ciclo tem 11 anos de duração e começa com pouca atividade na superfície, ou seja, a foto foi tirada em um período em que poucas manchas aparecia. Os cientistas esperam que a atividade solar atinja seu máximo em 2025, então será importante aprender o máximo possível antes desse período.

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Com as imagens de altíssima resolução do DKIST, os pesquisadores esperam obter novas pistas sobre tudo o que ocorre durante a formação de manchas solares. Qualquer indício que ajude a prever as tempestades solares com bastante antecedência poderá ser muito útil no futuro, já que esses fenômenos podem prejudicar os sistemas de comunicação e redes de energia, e até mesmo colocar os astronautas em risco.

Quanto ao que vemos na imagem em si, os gases de diferentes temperaturas estão se espalhando pela borda da mancha solar. O padrão de radiação é criado quando o gás quente que sobe e o gás frio que desce ficam “esticados” ao longo das linhas do campo magnético. A concentração de campos magnéticos na região escura impede que o calor do Sol alcance a superfície. Ainda assim, a área “fria” chega a aproximadamente mais de 7.500 graus Fahrenheit.

A nova imagem foi publicada junto a um novo artigo sobre o tema na última sexta-feira (4) na revista Solar Physics, descrevendo as características mecânicas do telescópio, instrumentos ópticos e objetivos científicos. Embora as atividades do DKIST tenham sido prejudicadas pela pandemia da COVID 19, os pesquisadores estão otimistas. "Com este ciclo solar começando agora, também entramos na era do Telescópio Solar Inouye", disse Matt Mountain, que administra o observatório.

Fonte: NSO