Publicidade

Esta animação usa dados da sonda Juno para mostrar nuvens de Júpiter em 3D

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

Compartilhe:
NASA / JPL-Caltech / SwRI / MSSS / Gerald Eichstädt
NASA / JPL-Caltech / SwRI / MSSS / Gerald Eichstädt

Gerald Eichstädt, cientista cidadão e matemático, usou dados capturados pela sonda Juno para representar as nuvens de Júpiter de um jeito diferente. Ele e seus colegas produziram animações tridimensionais do topo das nuvens do planeta, com texturas e formatos que lembram até a cobertura de um cupcake. A animação foi apresentada durante o congresso Europlanet Science realizado em Granada, na Espanha.

A animação dura 30 segundos e foi criada a partir das imagens capturadas pela JunoCam, a câmera sensível à luz visível da Juno. Ela faz parte do kit de instrumentos da sonda, ajudando a atrair o interesse do público para a missão e coletando dados para cientistas cidadãos e astrônomos profissionais, facilitando o acesso a eles após sobrevoos para estudos de Júpiter e suas luas.

Confira o vídeo:

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

A animação representa o 43º sobrevoo da Juno por Júpiter, realizado a cerca de 13.536 km do topo das nuvens do gigante gasoso. De forma geral, as nuvens mais brilhantes estão relacionadas a elevações mais altas — mas há exceções causadas pelas cores do topo das nuvens e por brilho.

O Dr. Eichstätd explicou que os modelos teóricos mostram que as nuvens de Júpiter deveriam ter diferentes compostos, como amônia, gelo de água e outros. “Assim que calibrarmos nossos dados com outras medidas do mesmo topo de nuvens, vamos testar e refinar as previsões teóricas, para ter uma imagem tridimensional melhor da composição química”, finalizou.

Ao trabalhar com as diferentes formas pelas quais a luz solar é refletida e dispersa pelas nuvens, a equipe conseguiu determinar a elevação dos topos das nuvens observadas. A iluminação solar é mais intensa nas nuvens da atmosfera superior do planeta, e mais ao fundo dela, mais luz é absorvida antes de ser dispersa novamente aos “olhos” da câmera, no topo das nuvens.

Eichstätd destacou que a Juno oferece uma oportunidade de observar Júpiter de modo que seria impossível para telescópios em solo aqui na Terra. “Podemos olhar as mesmas características das nuvens a partir de ângulos bem diferentes em apenas alguns minutos, isso abriu uma nova oportunidade para derivarmos modelos 3D da elevação do topo das nuvens de Júpiter”, disse.

Fonte: Europlanet Society