Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Essa "cachoeira" de plasma no Sol tem 8 Terras de altura

Por| Editado por Patricia Gnipper | 11 de Abril de 2023 às 15h48

Link copiado!

Eduardo Schaberger Poupeau via Instagram
Eduardo Schaberger Poupeau via Instagram

Uma foto do Sol — que já era impressionante por si só — destacou uma enorme parede de plasma solar em sua borda. Elevando-se até 100.000 km acima da superfície de nossa estrela, o plasma tinha a altura de oito planetas Terra empilhados.

O autor da imagem é o astrofotógrafo Eduardo Schaberger Poupeau, da Argentina, e seu equipamento registrou o fenômeno no dia 9 de março. Paredes de plasma como essa são conhecidas como proeminência da coroa polar (PCP) e ocorrem com frequência, mas Poupeau teve um dia de sorte ao encontrar uma delas bem na borda do disco solar.

Continua após a publicidade

Proeminências da coroa são ainda mais normais, formadas por arcos de plasma ou gás ionizado ejetados da superfície solar por campos magnéticos. Mas nos polos magnéticos do Sol, isso acontece de modo peculiar e pouco compreendido pelos astrônomos.

Essas proeminências polares ocorrem em latitudes entre 60 e 70 graus ao norte e ao sul, onde os campos magnéticos são muito mais fortes que próximo ao equador solar. Isso faz com que o gás ionizado ejetado retorne à superfície, formando essa aparência de cachoeira. Isso mesmo, esse plasma está na verdade caindo de volta ao Sol.

O mistério é que esse plasma viaja para baixo a velocidades de até 36.000 km/h — muito mais rápido do que os campos magnéticos permitiriam. Como isso é possível? Bem, encontrar essa resposta é atualmente uma das tarefas dos cientistas. Esse estudo pode ser útil porque suspeita-se que o fenômeno esteja relacionado às ejeções de massa coronal e, portanto, às tempestades solares que causam as auroras.

Continua após a publicidade

O astrofotógrafo mostra na imagem acima uma comparação entre a Terra, Júpiter e o muro de plasma. Além disso, ele explica que, à medida que o Sol se aproxima do seu pico de atividade dentro do atual ciclo de 11 anos, os PCPs podem ser flagrados com maior frequência — principalmente porque cada vez mais telescópios e câmeras estarão apontados para a estrela.

Fonte: Space.com