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ESA testa antena gigante que vai ajudar a mapear as florestas do mundo

Por| Editado por Rafael Rigues | 13 de Abril de 2022 às 17h00

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ESA/SJM
ESA/SJM

A Agência Espacial Europeia (ESA) acaba de testar uma antena de 5 metros de diâmetro em sua câmara de testes de radiofrequência HERTZ, na Holanda. Esta é a maior antena já testada na unidade, e será instalada na Austrália para apoiar a missão Biomass da ESA, cujo objetivo é mapear a cobertura florestal do planeta.

Fabricada pela italiana Ingegneria Dei Sistemi (IDS), a antena integrará um sistema de posicionamento móvel em uma redoma protetora, ajudando a rastrear o satélite Biomass no céu. Ela refletirá os sinais de radar do satélite para ele mesmo, confirmando que está tudo bem com a missão.

O engenheiro de antenas da ESA, Luis Rolo, explica que o teste é particularmente desafiador, tanto pelo tamanho da antena quanto pela frequência de banda P, muito baixa. “O que permite atravessar as copas da floresta para atingir árvores individuais”, acrescenta Rolo, que supervisiona os testes.

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Rolo diz que geralmente as maiores antenas testadas na câmara de radiofrequência possuem diâmetros que variam de 0,5 a 2 metros. Já a antena recém-testada ocupa praticamente todo o ambiente, com suas bordas bem próximas às paredes da câmara.

O teste destacou alguns aspectos da câmara até então despercebidos por seus operadores. Rolo ressalta que ele e sua equipe criaram um método de medição a partir de vários pontos, “combinados cuidadosamente para subtrair esses efeitos ambientais, produzindo resultados muito precisos”.

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A câmara HERTZ (sigla para “Hybrid European RF and Antenna Test Zone”) possui paredes metálicas que isolam seu interior das influências externas. Elas são revestidas com pirâmides de espuma anecoica (que não produz eco) que absorvem sinais de rádio, garantindo um teste de radiofrequência sem reflexos distorcidos.

A ESA se prepara para lançar o satélite Biomass Earth Explorer em 2022. Ele terá um refletor de 12 metros de diâmetro para mapear as árvores da Terra em cinco anos.

Fonte: ESA