ESA seleciona cinco projetos de rover que poderão explorar o polo sul da Lua
Por Wyllian Torres | Editado por Rafael Rigues | 14 de Abril de 2022 às 13h30
A Agência Espacial Europeia (ESA) e o Centro Europeu de Inovação em Recursos Espaciais (ESRIC) desafiaram 12 equipes a desenvolverem rovers para explorar um ambiente que simula a superfície da Lua. Cinco times foram aprovados para a segunda fase da competição, que busca eleger uma tecnologia para explorar o polo sul lunar e os recursos disponíveis por lá, como a água congelada.
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Na primeira fase do Space Resources Challenge, as 12 equipes colocaram seus respectivos rovers em um antigo galpão de aeronaves na Holanda. Para simular a superfície do polo sul lunar, os organizadores do evento espalharam 200 toneladas de rocha pelo galpão, além de 100 pedras com mais de 1 metro de diâmetro.
O ESRIC forneceu às equipes as localizações das pedras com um mapa orbital simulado. Ele apontava as maiores características da superfície, mas alguns objetos como as rochas menores, foram “ocultados” para desafiar os competidores — o mesmo desafio esperado em missões reais.
Uma cortina preta foi colocada para esconder a superfície lunar simulada, de modo que as equipes só enxergassem o ambiente a partir dos sensores de seus respectivos rovers. Os robôs tiveram que navegar e mapear todo o ambiente para encontrar possíveis recursos.
Primeira fase do concurso
Massimo Sabbatini, supervisor da ESA na primeira fase da disputa, disse que as equipes precisaram coletar informações sobre as características e a composição das rochas encontradas pelo caminho. “As equipes adotaram várias abordagens em termos de locomoção”, acrescentou Sabbatini.
Haviam veículos dos mais variados modelos, alguns com rodas, outros que caminhavam e, em certos casos, equipes com diversos rovers em vez de apenas um. Cada time teve 2,5 horas para completar todo o desafio de atravessar os obstáculos e encontrar potenciais recursos.
No entanto, não foram todas as equipes que conseguiram concluir a etapa. Alguns rovers não tinha a iluminação necessária, enquanto outros ficaram sem energia ou apresentaram problemas de comunicação. “Mas é justo dizer que todos aprenderam muito – inclusive nós”, ressaltou Sabbatini.
Das 12 equipes, apenas cinco passaram para a próxima fase e receberam um financiamento de € 75.000 (algo em torno de R$ 382.500,00) para aperfeiçoar suas tecnologias. A segunda fase acontecerá em Luxemburgo entre os dias 7 e 9 de setembro desse ano.
O Conselheiro Estratégico e Gerente de Projetos da ESRIC, Bob Lamboray, disse que o centro está ansioso para receber os cinco vencedores da primeira fase. “Através do prêmio ESRIC, apoiaremos o vencedor final para amadurecer ainda mais seu design e, esperamos, chegar à Lua em um futuro próximo”, ponderou.
Fonte: ESA, Via Universe Today