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Destaque da NASA: ondas gravitacionais de fundo são foto astronômica do dia

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NANOGrav Physics Frontier Center/Natalia Lewandowska
NANOGrav Physics Frontier Center/Natalia Lewandowska

A foto destacada pela NASA nesta quinta (29) no site Astronomy Picture of the Day representa um feito histórico. Após monitorar dezenas de pulsares com radiotelescópios, o consórcio NANOGrav detectou os primeiros vestígios de ondas gravitacionais de fundo em frequências bem baixas.

Os intervalos entre as emissões dos pulsares são de altíssima precisão e ajudaram na descoberta das ondas. Elas foram encontradas através de mudanças mínimas, mas existentes, no tempo que as emissões deles levaram para nos alcançar.

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Talvez você esteja se perguntando de onde vieram estas ondas. Para os cientistas que trabalharam nas descobertas, elas podem ter sido causadas por eventos extremos, como colisões de milhares ou até milhões de buracos negros supermassivos.

Os efeitos causados por estes eventos aparecem na foto acima. Ela ilustra o tecido do espaço-tempo afetado pelas ondulações causadas por dois buracos negros supermassivos, junto dos pulsares.

O que são ondas gravitacionais de fundo?

As ondas gravitacionais de fundo são um eco fraco e persistente de ondas gravitacionais que podem ter sido causadas por eventos envolvendo objetos massivos, como estrelas de nêutrons e buracos negros. As evidências delas foram encontradas com a ajuda de 68 pulsares, estrelas de nêutrons que giram e emitem pulsos regulares de radiação.

A teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein, prevê que as ondas gravitacionais causam impactos nos sinais dos pulsares. Este efeito acontece assim: conforme estas ondas esticam e comprimem o tecido do espaço-tempo, elas fazem com que os pulsos de alguns deles sejam atrasados, enquanto outros são adiantados.

Após 15 anos de observações dos pulsares, os cientistas finalmente encontraram evidências destas perturbações. Portanto, os resultados sugerem que há ondas gravitacionais enormes, com comprimentos de onda longos, percorrendo a Via Láctea.

Fonte: APOD