Publicidade

Destaque da NASA: "garra cósmica" é a foto astronômica do dia

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

Compartilhe:
 CTIO, NOIRLab, DOE, NSF, AURA;  T. A. Rector
CTIO, NOIRLab, DOE, NSF, AURA; T. A. Rector

A foto destacada pela NASA traz uma estrutura gasosa inusitada, que parece tentar agarrar as estrelas e galáxias em seus arredores. Claro, não há garra cósmica alguma na imagem, mas sim CG4, nuvem gasosa considerada um glóbulo cometário.

Estes glóbulos são feitos de poeira, com um núcleo e caudas compridas. Estas características os tornam parecidos visualmente com os cometas, mas as semelhanças acabam aí.

Enquanto os cometas são objetos feitos de rochas e gelo, os glóbulos cometários são regiões onde novas estrelas nascem. Muitos, inclusive, têm estrelas jovens em suas “cabeças”.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

A foto em questão mostra um glóbulo do tipo que acabou rompido, e ainda não sabemos o porquê. Devido à aparência, ele ficou conhecido pelo apelido “Mão de Deus”. 

CG 4 é apenas um dos glóbulos planetários presentes na Via Láctea, nossa galáxia. Ainda não está claro como formam suas estruturas distintas, mas uma possibilidade é que elas sejam o resultado de estrelas quentes e massivas por perto.

Glóbulos cometários 

A “Mão de Deus” da imagem acima fica a cerca de 1.300 anos-luz de nós na constelação Puppis. Se você observar bem, vai ver que ela parece nascer a partir do meio interestelar, como se estivesse tentando capturar as estrelas no universo. 

Glóbulos cometários como este são subgrupos dos glóbulos de Bok, um tipo de nebulosa escura cercada por material quente e ionizado. Às vezes, estas nuvens arrancam material dos seus arredores e passam a ter uma espécie de cauda — é assim que nasce um glóbulo cometário.

Apesar de a estrutura aparecer com grande nitidez na foto acima, é difícil para os astrônomos identificarem estes objetos. Eles têm brilho fraco, e além disso, suas caudas bloqueiam a maior parte da luz que tenta atravessar suas partículas. 

Para este registro, foi usado um filtro que captura o brilho avermelhado do hidrogênio ionizado no núcleo do CG 4 e em sua borda mais externa. A luz é emitida após o hidrogênio receber a radiação de estrelas quentes por perto.

Continua após a publicidade

Fonte: APOD