Destaque da NASA: dupla de cometas está na foto astronômica do dia
Por Danielle Cassita • Editado por Patricia Gnipper |

A foto em destaque nesta sexta-feira (10) traz o cometa C/2022 E3 (ZTF) acompanhado do C/2022 U2 (ATLAS), no hemisfério norte. Na imagem, eles brilham junto das estrelas que formam a constelação Auriga, o Cocheiro.
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Ambos os cometas são de período longo, ou seja, levam mais de 200 anos para orbitar o Sol. Além disso, os dois tem outra característica comum: eles realizaram suas aproximações máximas (periélio) do nosso astro no fim de janeiro.
Veja a imagem:
O cometa ATLAS chegou à sua aproximação máxima da Terra no fim de janeiro, ficando a apenas 4,6 minutos-luz de nós. Já o cometa ZTF, popularmente conhecido como “cometa verde”, fez sua aproximação máxima da Terra no início de fevereiro.
Uma das diferenças mais claras entre os dois é que o cometa ATLAS não tem cauda tão longa quanto a do ZTF. Por outro lado, os dois têm comas com tons esverdeados, vindos das emissões de carbono diatômico.
Como é a estrutura dos cometas?
De forma resumida, podemos dizer que os cometas são formados por um núcleo de rocha e gelo cercado por uma atmosfera fina (coma). Conforme eles se aproximam do Sol, o gelo presente começa a passar pela sublimação — e, conforme isso acontece, ele leva consigo partículas de poeira, formando o coma.
Enquanto o vento solar segue fluindo ao redor do coma, ele leva partículas que ajudam a formar as caudas do cometa. Elas são de dois tipos: uma é formada por gás ionizado e poeira, e sempre flui na direção oposta à do Sol. Já a cauda de poeira é levemente curvada na direção da órbita do cometa.
Pode acontecer, ainda, de o cometa apresentar uma “anticauda”, como é o caso do ZTF. Ela contém partículas de poeira maiores liberadas do núcleo, que recebem menos pressão da radiação solar e, assim, ficam por mais tempo no caminho percorrido pelo cometa. Quando a Terra passa pelo plano orbital dele, vemos esta poeira como uma nova cauda, indo na direção oposta à de poeira.
Fonte: APOD