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Defesa dos EUA estudou invisibilidade, buracos de minhoca, antigravidade e mais

Por| Editado por Rafael Rigues | 20 de Abril de 2022 às 15h30

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Domínio Público
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O extinto Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP) dos EUA parece ter gasto milhões de dólares para realizar pesquisas de tecnologias avançadas, como capas de invisibilidade, dispositivos antigravidade e até mesmo um túnel atravessando a Lua para explorar metal. As informações estão em dezenas de documentos oficiais obtidos pelo portal Vice.

Os documentos têm quase 1.600 páginas com diversos relatórios, propostas, contratos e notas de reuniões que mostram as ambições. O AATIP era um programa secreto do Departamento de Defesa dos EUA que existiu entre 2007 e 2012 — mas só veio à tona em 2017, quando seu ex-diretor, Luiz Elizondo, deixou o Pentágono.

Desde a saída de Elizondo, a sigla AATIP se tornou um sinônimo de pesquisa de OVNIs (sigla para “objetos voadores não identificados”). Logo após a sua renúncia, o ex-diretor vazou diversos vídeos onde uma aeronave não identificada se movia de maneira aparentemente inexplicável.

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Tecnologias secretas

Todos os documentos foram obtidos pelo Vice a partir da Lei de Liberdade de Informação (FOIA), e são resultado de um pedido realizado há quatro anos. Os arquivos de Referência de Inteligência de Defesa (DIRD) discutem conceitos como a viabilidade de buracos de minhoca e comunicações com ondas gravitacionais de alta frequência.

Ainda no relatório DIRD, seus autores dizem que um dispositivo de invisibilidade perfeito é impossível "porque exige materiais onde a velocidade da luz se aproxima do infinito". Mas um tecnologia que torne objetos invisíveis a frequências específicas, como radiação de micro-ondas, seria possível com a tecnologia disponível na época.

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Em um documento sobre “propulsão de massa negativa”, os autores falam da necessidade de metais extremamente leves, 100 mil vezes mais leves que o aço e tão fortes quanto ele. E especulam que estes materiais poderiam ser encontrados no centro da Lua, e acessados por um túnel aberto com explosivos nucleares.

Os documentos não informam se houve um investimento a longo prazo no programa secreto. Segundo o Vice, a maior parte do cronograma do AATIP dependia de pesquisas contratadas pela empresa privada Bigelow Aerospace Advanced Space Studies (BAASS).

A BAAS é dirigida por Robert Bigelow, amigo próximo do falecido senador Harry Reid, responsável pela criação do programa. Bigelow recebeu um contrato de US$ 10 milhões para conduzir as pesquisas durante seu primeiro ano com a AATIP.

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Há quase três semanas, o tabloide britânico The Sun revelou mais de 1.500 páginas com relatos de OVNIs compilados pelo AATIP, também obtidos pela lei FOIA. Esses documentos revelam questões como os supostos efeitos dos OVNIs no corpo humano.

Fonte: Vice, Via Live Science