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Curiosity explora pistas de como a água em Marte sumiu

Por| Editado por Luciana Zaramela | 02 de Abril de 2024 às 10h14

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Reprodução/NASA/JPL-Caltech/MSSS
Reprodução/NASA/JPL-Caltech/MSSS

O rover Curiosity, da NASA, chegou a uma região em Marte que pode revelar quando a água desapareceu do Planeta Vermelho. No momento, o robô está atravessando o canal Gediz Vallis, uma estrutura sinuosa como uma cobra que parece ter sido esculpida pelo fluxo de água em um antigo rio.

A formação deixou os cientistas intrigados, e decidiram enviar o rover para lá para procurar evidências que possam confirmar como o canal foi esculpido no leito rochoso. As laterais da estrutura são tão íngremes que não parecem ter sido feitas pelo vento, mas sim por fluxos de detritos ou por um rio levando sedimentos.

Após sua formação, o canal foi preenchido com pedras e outros objetos. Ainda deve levar alguns meses até o Curiosity explorar completamente o canal, mas a espera vai valer a pena; afinal, os dados obtidos podem levar os cientistas a rever a linha do tempo da formação do Monte Sharp, uma montanha com 5 km de altura.

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Esta montanha fica no interior da cratera Gale, e suas camadas inferiores se formaram há milhões de anos, quando o clima de Marte passava por mudanças. Assim, estudá-las é uma forma de investigar como a presença da água e dos ingredientes necessários para a vida como conhecemos hoje mudaram ao longo do tempo.

Por exemplo, a parte inferior da encosta da montanha tinha uma camada rica em minerais de argila, indicando que ali já havia grande quantidade de água interagindo com rochas. Agora, o Curiosity está examinando uma camada rica em sulfatos, que são minerais com sais que se formam quando a água evapora.

Quando as camadas de sedimentos da parte inferior do Monte Sharp foram depositadas pelo vento e pela água, a erosão tornou expostas as camadas visíveis hoje. Estes processos, combinados com os longos períodos de seca aos quais o Monte Sharp ficou exposto, podem explicar a formação do canal Gediz Vallois. 

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Já as pedras e detritos que preencheram o canal podem ter vindo do topo da montanha. "Se o canal ou a pilha de detritos foram formados por água líquida, isso é realmente interessante. Isso significaria que bem tarde na história do Monte Sharp — após um longo período de seca — a água voltou, e em grande quantidade”, sugeriu Ashwin Vasavada, cientista de projeto do Curiosity.

Abaixo, você pode explorar Gediz Vallis em 360º através de um panorama capturado pelas câmeras do Curiosity:

Fonte: NASA