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Cometa Nishimura pode ter vindo de fora do Sistema Solar

Por| Editado por Patricia Gnipper | 22 de Agosto de 2023 às 16h45

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NASA/Dan Bartlett
NASA/Dan Bartlett

O novo cometa C/2023 P1 (Nishimura), descoberto em 11 de agosto pelo astrônomo amador Hideo Nishimura, pode ser um objeto interestelar. Caso isso seja comprovado, ele vai ser o terceiro corpo celeste de fora do Sistema Solar detectado em nosso “quintal cósmico”.

Normalmente, os cometas de órbita alongada (como é o caso do Nishimura) vêm da Nuvem de Oort, a região mais distante do Sistema Solar. Estima-se que a população desse local é formada por cerca de trilhões de objetos de gelo.

Entretanto, talvez o cometa Nishimura venha de algum lugar muito mais distante: outros sistemas estelares. Isso significa que ele se formou ao redor de alguma estrela que não o Sol, e viajou por milhares de anos até ser capturado pelo Sistema Solar.

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Com alguma chance de ser observado com telescópio pequenos, ou, quem sabe, a olho nu, o Nishimura tem uma órbita incomum quando comparado aos outros cometas da Nuvem de Oort. Sua órbita parece ser hiperbólica, que é descrita como uma trajetória de escape. Portanto, o objeto pode sair do Sistema Solar quando completar sua volta ao redor do Sol.

Se isso não prova que o cometa é um objeto interestelar, pelo menos parece certo que ele vai deixar nosso sistema para nunca mais voltar. Mas caso seja de fato formado ao redor de outra estrela, será o terceiro detectado, seguindo o estranho 'Oumuamua e o cometa 2I/Borisov.

De qualquer forma, os astrônomos ainda não têm muita certeza de que o Nishimura é mesmo um objeto interestelar, ou mesmo se a sua órbita é hiperbólica. Vão ser necessárias novas observações antes de uma conclusão definitiva.

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Como ver o cometa Nishimura?

O cometa Nishimura vai fazer sua maior aproximação da Terra em 13 de setembro, mas como vai acompanhar o pôr e o nascer do Sol, vai muito difícil observá-lo. Mesmo com luminosidade equivalente às estrelas mais mais fracas observáveis a olho nu, o Sol vai estar muito perto.

Em 18 de setembro, o Nishimura estará em seu periélio, ou seja, o ponto de sua órbita mais próximo do Sol. Isso vai torná-lo ainda mais brilhante, competindo com algumas estrelas bem luminosas. Portanto, o mês de setembro vai ser o mais favorável para encontrá-lo — mas, lembre-se, cometas são objetos muito imprevisíveis, podendo até se partir enquanto se aproximam do Sol.

Fonte: Spaceweather.comLive Science, Forbes