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Cientistas estão mais perto de prever as erupções solares com esta descoberta

Por| Editado por Patricia Gnipper | 17 de Novembro de 2021 às 08h45

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NASA/GSFC/SDO
NASA/GSFC/SDO

Novas pesquisas sobre os poderosos campos magnéticos que se formam no interior do Sol podem ajudar a prever as erupções solares, que causam as tempestades geomagnéticas na Terra e ameaçam os componentes eletrônicos dos sistemas de comunicação, como satélites em órbita.

Uma equipe internacional de matemáticos e astrofísicos do Reino Unido e da Itália modelou o surgimento dos campos magnéticos retorcidos na atmosfera solar e compararam as simulações com os dados observacionais obtidos do Sol. O resultado foi um artigo que representa um avanço na busca pela compreensão do processo pelo qual as erupções solares ocorrem.

As erupções mais violentas do Sistema Solar nascem em regiões solares ativas, principalmente nas fases de maior atividade dos ciclos solares de 11 anos. Essas regiões são geradas por concentrações de campos magnéticos retorcidos e complexos que emergem do interior da estrela e se erguem em direção à atmosfera. O Dr. David MacTaggart, da Universidade de Glasgow, autor principal do artigo, disse que físicos “supõem” há muito tempo que as regiões ativas do Sol são formadas por esses grandes tubos retorcidos de campo magnético.

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Por causa dessa suposição, a equipe analisou a topologia magnética solar, especificamente algo chamado enrolamento magnético, e construiu um modelo matemático sofisticado do processo, que permitiu simular esse enrolamento magnético em diferentes condições. Em seguida, escolheram regiões do Sol para comparar com as simulações. O resultado foi uma semelhança entre a assinatura do enrolamento magnético encontrada nas simulações e aquelas que foram descobertas nas observações.

Isso significa que “o enrolamento magnético é a última peça do quebra-cabeça para confirmar que a natureza distorcida dos campos magnéticos da região ativa emerge na atmosfera solar, em vez de ser criada principalmente lá”, segundo o Dr. MacTaggart. “Este resultado tem consequências importantes para a nossa compreensão da evolução da região ativa e revela o enrolamento magnético como uma ferramenta nova e importante para a análise do campo magnético solar”, completou.

Com este novo passo na compreensão da atividade do Sol, os cientistas esperam estar mais perto de finalmente conseguirem prever com antecedência “folgada” as erupções solares e ejeções de massa coronal. O estudo foi publicado em um artigo na revista Nature Communications.

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Fonte: Universidade de Glasgow