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Chuva de raios cósmicos na Terra é fotografada graças a novo método

Por| Editado por Patricia Gnipper | 18 de Outubro de 2023 às 10h42

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National Astronomical Observatory of Japan/HSC Collaboration
National Astronomical Observatory of Japan/HSC Collaboration

O Telescópio Subaru, no Havaí, foi projetado para observar a luz visível do universo, mas acabou registrando chuvas imensas de raios cósmicos na atmosfera do nosso planeta. Com um novo método para detectar imagens como essas no acervo de dados do Subaru, pesquisadores esperam descobrir mais sobre as partículas mais energéticas do cosmos.

Quando um raio cósmico vindo de outras estrelas ou galáxias interage com a nossa atmosfera, forma-se uma cascata de partículas ionizadas com vários quilômetros de largura. O fenômeno é conhecido como "chuva atmosférica" e, além de ionizar as partículas na atmosfera superior, também forma radiação eletromagnética.

Nesses raios cósmicos estão as partículas mais energéticas conhecidas, como prótons, nêutrons, elétrons, ou mesmo um fóton, e são arremessados por eventos cataclísmicos como supernovas. Já a chuva atmosférica formada pela interação com o ar pode ser composta por raios X, múons, prótons, antiprótons, elétrons, pósitrons e muitas outras partículas.

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Existem métodos capazes de detectar as partículas de chuvas atmosféricas, mas distingui-las não é uma tarefa fácil. A equipe liderada por Toshihiro Fujii, por outro lado, descobriu que a câmera do Telescópio Subaru pode não apenas registrar essas chuvas, como fazê-lo em resolução extremamente alta. Essa capacidade descoberta por acaso pode representar um verdadeido trunfo para os cientistas que estudam esse fenômeno.

Até então, os raios cósmicos eram um aborrecimento para os astrônomos que usam telescópios como o Subaru, porque eles aparecem como rastros nas imagens e atrapalham a observação dos objetos desejados. Assim, eram considerados "ruídos" que precisam ser evitados. Ao vasculhar cerca de 17 mil imagens de tais "ruídos" capturadas entre 2014 e 2020, a equipe de Fujii descobriu que 13 tinham chuvas atmosférias imensas.

O professor Fujii e sua equipe esperam que o novo método seja integrado com as abordagens convencionais para ampliar a compreensão das chuvas. "Esta técnica", disse ele, "pode permitir-nos procurar matéria escura ou outras partículas exóticas, oferecendo informações adicionais sobre a transição do universo para uma era dominada pela matéria".

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Fonte: Osaka Metropolitan University, Scientific Reports