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Chuva de meteoros Geminídeas atinge pico nesta madrugada; saiba como ver

Por| Editado por Patricia Gnipper | 13 de Dezembro de 2021 às 15h03

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Arman Alcordo Jr/Pexels
Arman Alcordo Jr/Pexels

A chuva de meteoros Geminídeas, que teve início em 4 de novembro e se estenderá até sexta-feira (17), atinge o pico na madrugada de segunda (13) para terça-feira (14). Para observá-la, há alguns desafios, mas a recompensa pode ser a melhor visualização de meteoros no ano.

O que é a chuva de meteoros Geminídeas

Essa chuva é uma das mais aguardadas do ano, porque pode atingir uma taxa de até 120 meteoros por hora. Além disso, eles viajam em velocidade baixa, em comparação com as outras chuvas sazonais — e isso significa que os “riscos” no céu tendem a ser mais lentos e duradouros.

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Ainda que sejam mais lentos que outras chuvas, os meteoros da Geminídeas atingem velocidade de até 35 km/s, ou 126 mil km/h. É bastante coisa para os padrões humanos, mas ela fica bem atrás de outras chuvas, como a Leonídeas, cujos meteoros atingem a velocidade de 71 km/s.

Tais características por si já jazem o espetáculo valer a pena, mas os amantes de astronomia ainda poderão contemplar a riquíssima região de Orion bem ao lado do radiante dessa chuva. Para astrofotógrafos, vale a pena tentar registrar imagens dos meteoros passando pela nebulosa de Orion, as Plêiades, e outros objetos celestes icônicos.

As geminídeas podem ser vistas por quase todo o mundo, mas, infelizmente, privilegiam mais os observadores no hemisfério Norte. Quanto mais ao Sul estivermos, mais o radiante estará perto do horizonte — e o horizonte é um dos maiores inimigos da observação astronômica, pois, quanto mais acima o objeto, melhor.

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De acordo com especialistas da NASA, a Geminídeas é rica em “bolas de fogo” verdes, ou seja, bólidos — meteoros com tamanho suficiente para atravessar a atmosfera sem se queimar por completo. Mas não se preocupe, pois mesmo esses objetos atingindo o solo após uma queima parcial não representam perigo algum para nós.

Diferente da maioria das chuvas de meteoros, a Geminídeas não veio exatamente de um cometa, mas sim de pequenas rochas e destroços largados pelo asteroide 3200 Faetonte. Assim, quando nosso planeta cruza a órbita desse objeto, acaba atravessando o caminho dessa nuvem de “sujeira”, fazendo com que vários grãos atravessem nossa atmosfera e queimem devido ao atrito.

Por outro lado, o 3200 Faetonte pode ter sido um cometa no passado, de acordo com as suspeitas de astrônomos. Talvez ele seja, na verdade, um cometa que perdeu seu material volátil (gelo) responsável por criar as características caudas dos cometas. Seja como for, o asteroide aproximou-se em 2007 e 2017, e deve voltar em 2050 e 2060, para renovar o “estoque” de detritos da chuva Geminídeas.

Como assistir à chuva de meteoros Geminídeas

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Para obter a melhor experiência possível, o recomendável é evitar a poluição luminosa, a luz do luar e o horizonte. Na prática, isso significa que você terá melhor resultado se puder se locomover para uma região mais afastada das luzes artificiais, esperar até a Lua se por e o radiante ficar mais alto. Ah, claro, também dependemos de um céu livre de nuvens.

E que horas vai ser a chuva de meteoros Geminídeas? Bem, a Lua estará em fase crescente e 75% iluminada, bem alta no céu, ofuscando boa parte dos meteoros. Para evitá-la, será preciso esperar o astro se por, o que ocorrerá às 2h da madrugada. Nesse momento, o radiante da chuva — a constelação de Gêmeos — estará por volta dos 35 graus acima do horizonte, o que já proporciona boa visualização.

Não é preciso olhar fixamente para o radiante, pois este é apenas o ponto de referência, de onde os meteoros parecem se originar. Na verdade, as “estrelas cadentes” poderão aparecer em qualquer parte, mas preferencialmente ao norte, que é onde estará a constelação de gêmeos.

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Também recomenda-se evitar a luz do celular, pois ela diminuirá sua pupila e reduzirá sua capacidade de enxergar no escuro. Se precisar do dispositivo móvel para consultar as cartas celestes, por exemplo, você pode utilizar algum aplicativo que deixe a luz da tela avermelhada. Isso diminuirá o efeito de dilatação da pupila.

Esta será a última chuva de meteoros do ano, então aproveite, use uma cadeira de praia, ou até mesmo uma toalha para se deixar no chão, e aprecie o espetáculo.

Assista à chuva de meteoros Geminídeas ao vivo

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Já caso não possa ficar acordado madrugada adentro para observar os meteoros, ou se o céu de sua cidade estiver nublado, impedindo qualquer observação, há transmissões para assistir à chuva de meteoros Geminídeas ao vivo! Fica a dica de acompanhar com a NASA: a agência espacial terá uma live em sua página NASA Meteor Watch no Facebook, começando às 23h (horário de Brasília).

Também tem uma live rolando no YouTube, diretamente dos céus de Beijing, na China:

Fonte: NASA, Space.com, The Guardian